Defesa alega tratamento psicológico e adolescente não participará de reconstituição

LUIS VINICIUS

A adolescente de 14 anos, suspeita de ter matado a amiga Isabele Guimarães Ramos, da mesma idade, com um tiro na cabeça, não participará da reconstituição do crime marcada para a próxima terça-feira (18). A reprodução simulada dos fatos será na mansão da família, localizada no condomínio de luxo Alphaville I, no bairro Jardim Itália, em Cuiabá.

Alan Cosme/HiperNoticias

A justificativa da defesa, patrocinada pelo advogado Ulisses Rabaneda, é de que, assim como a adolescente, a família está passando por tratamento psiquiátrico e psicológico após a morte da adolescente no dia 12 de julho.

“Quanto à presença da peticionária na reconstituição, após a defesa consultar formalmente a psicóloga e a psiquiatra que está fazendo o tratamento da menor, foi informada da impossibilidade de sua participação”, diz trecho do documento que o advogado encaminhou à Polícia Civil.

A reconstituição do crime deverá contar com os advogados de acusação, Hélio Nishyama, e de defesa. Também participarão os delegados Wagner Bassi e Francisco Kunze da Delegacia Especializada do Adolescente (DEA) e a Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica), respectivamente.

Em relação a morte da jovem, a Polícia Civil informou que foram abertos dois inquéritos policiais (IP) para investigar a conduta da adolescente e a de seu pai de 46 anos. Os trabalhos investigativos em relação à jovem ficarão a cargo de Bassi. Já a suposta participação do homem será apurada por Kunze.

Vale lembrar que M. M. C. já foi indiciado pela Polícia pelos crimes de porte e posse de arma de fogo irregular, além de fornecer arma de fogo a menor de 18 anos. A conclusão do inquérito, realizado pela 2ª Delegacia de Polícia, localizada no bairro Planalto.

O pai da jovem foi preso em flagrante por posse e porte ilegal de arma de fogo depois que a polícia encontrou um arsenal com seis pistolas na residência dele. Ele pagou R$ 1 mil de fiança para responder em liberdade provisória.

A arma cujo disparo matou Isabele estava irregular na casa do empresário, como também uma segunda pistola, que estão registradas no nome de outra pessoa. Elas pertencem ao pai do namorado de uma das filhas do empresário, de 14 anos. O namorado da adolescente tem 16 anos. As famílias são praticantes de tiro esportivo.

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