O Tribunal do Júri Cuiabá deve concluir nesta terça-feira (16), o julgamento do investigador da Polícia Civil Mário Wilson Vieira da Silva Gonçalves. Ele é acusado de homicídio qualificado, por motivo fútil e uso de recurso que dificultou a defesa do policial militar Thiago de Souza Ruiz em uma conveniência de um posto de combustível na Praça 8 de Abril. A sessão é conduzida pela juíza Mônica Cataria Peri Siqueira, da 1ª Vara Criminal com um Conselho de Sentença composto por sete jurados.
Imagens de câmeras de segurança registraram os dois sentados à mesa, quando houve um desentendimento pelo fato de que o investigador não acreditar que a vítima era policial militar. Mario, então retira a arma da cintura do militar. Em seguida, houve luta corporal e os disparos foram efetuados. O policial tentou fugir, mas foi atingido e não resistiu aos ferimentos.
A tese central do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) é de que Mário agiu com intenção de matar, descarregando a arma na vítima. O depoimento da testemunha Walfredo Raimundo, que afirmou ter ouvido cerca de 16 disparos e visto Thiago Ruiz correr já ferido, reforça a ideia de uma execução e de que a vítima tentava fugir. Além disso, ao tomar a arma da vítima e efetuar os disparos colocou Thiago em uma situação onde ele não podia se defender.
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Já a defesa sustenta que o réu agiu em legítima defesa, senão uma reação policial a uma “agressão injusta”. Nesse sentido, Mário teria agido na qualidade de policial civil de plantão, com o objetivo de checar a procedência de uma arma que ele suspeitava ser irregular ou ilegal.
O advogado de defesa Cláudio Dalledone Júnior destacou que Mário Wilson não acreditou que Thiago era um policial militar, questionando a apresentação da carteira funcional. A dúvida sobre a identidade de Thiago e a regularidade da arma foi apresentada como o estopim da ação.
O julgamento será reiniciado nesta quarta-feira (17), com um novo Conselho de Sentença, com a previsão de oitiva das testemunhas remanescentes, seguida dos debates finais. A decisão foi tomada após o advogado de defesa alegar a que a juíza Mônica Perri Siqueira estaria violando prerrogativas.
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