A tentativa de suspensão das investigações da Operação Ararath, feita por um dos investigados, o empresário Mario Mansur Bumlai Junior, foi negado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Mansur alegava que só foi envolvido na operação da Policia Federal por ser amigo do juiz federal Julier Sebastião da Silva.
A decisão é do ministro Marco Aurélio Bellizze. A operação apura crimes contra a administração pública e lavagem de dinheiro por meio de factorings em Cuiabá.
A alegação da defesa do empresário, é que a Polícia Federal não encontrou nenhum diálogo sequer que possa ser apontado como suspeito nas interceptações telefônicas e por isso requeria a nulidade das provas e que o seu envolvimento vem causando constrangimento ao cliente.
A defesa do empresário solicitava uma liminar para suspender inquérito em andamento sobre a operação em que é citado o cliente, as medidas cautelares até o julgamento definitivo do mandado, consta em trecho do Habeas Corpus.
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Já o ministro entendeu que ação de Mansur contra o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), confunde-se com a análise do próprio mérito da impetração.
“Deve-se concluir que as investigações buscavam, desde o início, apurar condutas ilícitas praticadas por juiz federal. Essa análise aprofundada fica obstada quando se está no campo precário e efêmero da liminar. Até o momento há pronunciamentos em sentido diverso do alegado no presente habeas corpus, o que demonstra a impropriedade de suspender-se, ainda que temporariamente, a investigação”, finalizou Bellizze em sua decisão publicada na quinta-feira.
"Os temas expostos na inicial desta impetração merecem o crivo do colegiado após encontrar-se o processo pronto para julgamento. Ante o exposto, indefiro a liminar", decide.
A OPERAÇÃO
A Operação Ararath deflagrada pela Polícia Federal está em sua terceira etapa. Ela teve inicio no dia 12 de novembro, com 11 mandados de busca e apreensão. Já a segunda fase da operação, em 25 de novembro, o leque de crimes investigados se ampliou, e outros sete mandados foram expedidos.
O juiz federal Julier Sebastião da Silva chegou a ser alvo de buscas e apreensões em sua residência e em seu gabinete. Na última fase da operação, na segunda-feira (16), a PF concluiu sete mandados de busca e apreensão em três cidades do Estado.
Já o pedido de Julier para "restituição das coisas" apreendidas por agentes da Polícia Federal que está nas mãos da desembargadora do Tribunal Regional Federal, Selene Maria de Almeida será julgado apenas em 2014.
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