As três adolescentes que espancaram uma colega de escola em Alto Araguaia (418 km de Cuiabá) deverão ficar internadas provisoriamente em uma unidade socioeducativa em Cuiabá ou Rondonópolis. A informação foi dada em coletiva à imprensa nesta quarta-feira (6) pelo promotor de Justiça Frederico Cesar Batista Ribeiro.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, as três adolescentes e mais uma criança de 11 anos praticaram um “salve” contra a vítima, que tinha como regras não poder reagir ou chorar, para que as agressões não continuassem ou ficassem piores. Nos celulares das adolescentes, a polícia encontrou vídeos de outras agressões, similares aos salves praticados por facções criminosas.
De acordo com o promotor, as três adolescentes irão responder por atos análogos a tortura e organização criminosa. Já a criança, que tinha 11 anos no dia da agressão não poderá ficar internada ou responder criminalmente pelos atos conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). No entanto, haverá acompanhamento do Conselho Tutelar.
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“O Eca permite o acompanhamento próximo do Conselho Tutelar, acompanhamento da família. Uma medida socioeducativa não se aplica a ela, só para as adolescentes”, destacou.
Frederico Ribeiro também destacou que os atos aconteciam sem os conhecimento dos pais e dos educadores. “Por ora não enxergamos nenhuma responsabilidade dos pais”, completou.
A informação diverge de informações da polícia civil. De acordo com o delegado Marcos Paulo Batista de Oliveira, da Delegacia de Alto Araguaia, haveria indícios de que o comportamento violento das menores fossem uma reprodução do ambiente familiar onde elas vivem.
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