O julgamento do investigador da Polícia Civil, Mário Wilson Vieira da Silva Gonçalves, acusado de homicídio qualificado contra o policial militar Thiago de Souza Ruiz, foi novamente adiado e está previsto para ocorrer no dia 15 de dezembro, em Cuiabá. O caso, que aconteceu em abril de 2023, já teve quatro remarcações, aumentando a expectativa da família da vítima por uma definição judicial.
Thiago, de 36 anos, foi morto a tiros dentro da conveniência de um posto de combustível, nas proximidades da Praça 8 de Abril. Imagens de câmeras de segurança registraram os dois sentados à mesa, quando o investigador retirou a arma da cintura do militar. Em seguida, houve luta corporal e os disparos foram efetuados. O policial tentou fugir, mas foi atingido e não resistiu aos ferimentos.
Mário se apresentou espontaneamente à Delegacia de Homicídios e entregou a arma usada no crime. Ele foi preso em flagrante, mas cinco meses depois obteve liberdade concedida pelo desembargador Rui Ramos, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso. Entre as medidas cautelares, foram impostas a suspensão do porte de arma e a proibição de contato com testemunhas.
A juíza Monica Catarina Perri Siqueira, da 1ª Vara Criminal de Cuiabá, explicou que os adiamentos anteriores ocorreram devido à renúncia de advogados próximos às datas marcadas.
Enquanto aguardam o júri, familiares de Thiago organizam manifestações públicas. No domingo (14), um ato por justiça será realizado na Praça 8 de Abril, em memória do militar.
“Estamos vivendo uma dor que não tem fim. Nosso familiar foi assassinado de forma brutal por um policial civil, e desde o dia 27/04/2023 nossa família luta não apenas para lidar com essa perda devastadora, mas também para que a verdade seja reconhecida e a justiça finalmente aconteça”, declarou um dos parentes ao site Olhar Direto.
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Outro familiar reforçou a indignação: “É muito difícil aceitar que, mesmo após tirar uma vida, o acusado continue trabalhando normalmente, como se nada tivesse acontecido, enquanto tenta sustentar versões que nunca conseguiu provar, inclusive a falsa alegação de que meu primo estaria drogado, o que não corresponde aos fatos.”
A família afirma que não busca vingança, mas espera que o julgamento ocorra e que haja responsabilização. “O que pedimos é simples: verdade, respeito e justiça”, concluiu.
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