O encerramento da 6ª edição do “TJMT Inclusivo: Capacitação e Conscientização em Autismo – etapa Cuiabá” destacou como atitudes aparentemente bem-intencionadas podem, na prática, dificultar a inclusão. A palestra “Práticas Inclusivas no Dia a Dia”, ministrada pelo psicólogo Gabriel Paes de Barros, chamou atenção para comportamentos capacitistas presentes no cotidiano.
O especialista ressaltou que pessoas com deficiência devem ser vistas, antes de tudo, como pessoas. Ele citou exemplos como falar apenas com cuidadores em vez de se dirigir diretamente à criança autista ou usar diminutivos ao conversar com adultos autistas, práticas que reforçam estereótipos.
Barros também alertou para expressões comuns no vocabulário popular, como “se fazer de surdo” ou “parece que é cego”, além de frases disfarçadas de elogio, como “nem parece autista”. Segundo ele, essas falas invisibilizam e romantizam dificuldades impostas pela sociedade.
O psicólogo enfatizou que as barreiras não estão na pessoa autista, mas na falta de acessibilidade e compreensão da sociedade. Ele defendeu adaptações institucionais, formação de profissionais e políticas públicas efetivas. “Não sabe como tratá-la? Pergunte”, orientou, reforçando que o diálogo direto é essencial para inclusão.
O evento foi promovido pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), por meio da Comissão de Acessibilidade e Inclusão, em parceria com a Esmagis-MT e a Escola dos Servidores. A capacitação já passou por Sinop, Sorriso, Cáceres e Rondonópolis e, nesta edição em Cuiabá, reuniu magistrados, servidores, profissionais da saúde e educação, familiares e estudantes.
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