Está marcada para a próxima quarta-feira (2) a primeira audiência no Fórum de Cuiabá sobre o crime da Casa de Câmbio Rápido, que aconteceu no dia 24 de fevereiro e resultou na morte de uma funcionária e um policial militar. A juíza do caso, Maria Rosi de Meira Borba, da 8º Vara Criminal de Cuiabá, irá ouvir todos os envolvidos no caso e mais dez testemunhas que prestaram depoimento na Delegacia de Homicídios dias após o crime.
O crime que chocou Cuiabá começou como uma tentativa de assalto e terminou com duplo homicídio. O pivô da história, o mecânico Edilson Pedroso da Silva, 28, está preso no Centro de Ressocialização de Cuiabá (Carumbé), e aguarda julgamento em regime fechado por tentativa de roubo ao estabelecimento, roubo de dois carros e uma moto e pertences de uma vítima.
|
Edilson tentou revogar a prisão na Justiça, mas a magistrada negou o pedido, em habeas corpus impetrado pela Defensoria Pública, no último dia 25. A defesa do réu argumenta que não já motivos suficientes para que o jovem permaneça preso e requer que ele aguarde o julgamento em liberdade. A juíza ressalta que a manutenção da prisão é para a garantia da ordem pública. O mecânico, segundo consta da decisão, responde por outros crimes na Comarca de Cuiabá. “Nada me garante que ele solto não voltará a cometer crimes”, escreveu a juíza na decisão.
Apesar da complexidade do caso, os disparos que mataram a funcionária da Casa de Câmbio, Karina Fernandes Gomes, 19, e o policial Danilo Cesar Fernandes Rodrigues, 27, partiram da arma de outro policial que estava na casa no momento que Edilson entrou para assaltar. Na tentativa de acertar o ladrão, o policial Leandro, lotado na época no 10º Batalhão, atirou oito vezes dentro da Casa de Câmbio e acertou uma vez de raspão no criminoso. Dois, dos oito disparos, acertaram Danilo e Karina, que morreram na hora. O delegado que conduziu a investigação do caso, Walfrido Nascimento, classificou a ação do policial como “erro de execução”.
O caso deverá ser mais detalhado durante audiência designada pela Justiça, que conta com cerca de 10 pessoas. Segundo a juíza, a sessão foi marcada para depoimentos das testemunhas de acusação e defesa, além de interrogatório do acusado. Entre os arrolados está o policial militar que sobreviveu a troca de tiros e ainda outros quatro da corporação. Também familiares das vítimas e funcionários da casa de câmbio.
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.