O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) encontrou apenas R$ 1.000,00 nas contas do empresário José Carias da Silva Neto, alvo da 'Operação Convescote' que investiga o desvio de dinheiro público por meio de convênio firmado entre a Assembleia Legislativa (ALMT) e a Fundação de Apoio ao Ensino Superior Público Estadual (Faespe).
Em despacho da última segunda-feira (24), o juiz Bruno D'Oliveira Marques detalhou que foram bloqueadas as quantias de R$ 865,95 — R$ 83,13 e R$ 75,84 das contas do empresário em outubro de 2020. O desbloqueio foi deferido no mesmo mês, em razão do baixo valor encontrado. Mesmo assim, José Carias da Silva Neto impetrou pedido requerendo o desbloqueio de seus bens.
Segundo o despacho do magistrado, entretanto, os pedidos não se referiam aos bens bloqueados nos autos. "INDEFIRO o pedido constante no Id. nº 54133467, reiterado no Id. nº 51850940, tendo em vista que os valores informados pelo requerido não se tratam de valores bloqueados nestes autos", escreveu.
José Carias chegou a ser preso em 2017 com a deflagração da 1ª fase da 'Operação Convescote'. Além do empresário, também foi preso o irmão dele, Marcos José da Silva, servidor do Tribunal de Contas do Estado (TCE) apontado como líder do esquema. A cunhada do empresário, Jocilene Assunção que atuava como diretora da Faespe também estava envolvida.
O empresário era dono de uma empresa fictícia que realizava os supostos convênios junto à Assembleia Legislativa com o objetivo de desviar recursos. Ao todo, o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) pediu o bloqueio de R$ 239,2 mil de 8 réus, incluindo José Carias.
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