A 51ª Zona Eleitoral de Mato Grosso recebeu inquérito, nesta quarta-feira (15), contra o ex-governador Silval Barbosa, o ex-secretário Pedro Nadaf e o empresário Leonardo Torres, representante da Renosa Indústria Brasileira de Bebidas. O trio é investigado por suposta falsidade ideológica no âmbito das eleições de 2010.
O inquérito versa sobre doação do valor de R$ 100 mil à campanha de Silval, o equivalente a R$ 271,2 mil em valores corrigidos. A negociação foi revelada pelo ex-secretário Pedro Nadaf que, em sede de delação premiada, confirmou ter intermediado a transação.
O valor, segundo o ex-secretário, foi dividido em quatro parcelas de R$ 25 mil. Para dissimular o trâmite, segundo a denúncia, os investigados usaram empresa de fachada pertencente a Pedro Nadaf.
As parcelas, pagas em novembro e dezembro de 2010, foram justificadas a partir de notas fiscais da NBC Assessoria, Consultoria e Planejamento. Que também simulou serviços à Renosa e à Companhia Maranhense de Refrigerantes para dissumular suposto patrocínio à Federação Mato-Grossense de Cururu e Siriri, em tese, presidida pelo ex-secretário de Cultura, Ocemário Daltro.
No caso da doação de R$ 100 mil, o dinheiro teria saído direto das contas da empresa para as mãos do ex-governador. Uma outra doação, no valor de R$ 300 mil, foi declarada apenas parcialmente. Apesar de admitir as negociações, Nadaf negou que tenham sido discutidas contrapartidas, como incentivos fiscais, em troca das doações.
Processo tramitava na Sétima Vara Criminal, entretanto, em 2020, foi remetido à Justiça Eleitoral.
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