Mayke Toscano/Hipernotícias |
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Esta é a primeira vez na história que os juízes trabalhistas resolvem cruzar os braços |
Os 77 juízes do Trabalho em Mato Grosso paralisarão as atividades por 24 horas na próxima quarta-feira (30), seguindo uma mobilização nacional que atingirá 3,6 mil juízes trabalhistas e suspenderá cerca de 20 mil audiências em todo o país. No Estado, as audiências previstas para a data serão remarcadas, mas será mantido plantão para atendimento a casos de urgência.
Juízes federais também anunciaram adesão à paralisação. Um ato público será realizado às 11h de quarta-feira, no plenário 2 do Tribunal Regional do Trabalho (TRT 23ª Região). Os magistrados reivindicam mais segurança para trabalhar, a recomposição das perdas inflacionárias de seus vencimentos e uma política previdenciária adequada.
De acordo com o presidente da Associação dos Magistrados do Trabalho da 23ª Região (Amatra 23), Ivan Tessaro, esta é a primeira vez na história que os juízes trabalhistas resolvem cruzar os braços em protesto contra a política salarial do governo federal que acumula perdas inflacionárias à categoria desde 2006, quando foi definido o teto máximo do serviço público.
As perdas chegam a 22%, porém o governo só acenou 5% de recomposição. “Também necessitamos de mais segurança no exercício das funções, hoje muitos de nós sofrem ameaças constantemente e são submetidos ao estresse de cumprir seu dever constitucional mesmo sob risco de sua segurança própria e da família”.
Os magistrados também chamam atenção para o sistema de saúde da classe, que não previne os agravos à saúde física e mental, nem prevê proteção previdenciária adequada. Recente pesquisa realizada pela Anamatra revela que estes profissionais têm apresentado percentual maior de adoecimento em comparação com o conjunto da sociedade, sendo extremamente elevadas as ocorrências de doenças físicas e psíquicas que os acometem.
A paralisação foi decidida durante assembleia da Anamatra, e é uma iniciativa em conjunto com a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe). Conta ainda com o apoio da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e a Associação Mato-grossense dos Magistrados (Amam), que reúnem juízes estaduais.
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