O juiz Wladymir Perri, da 12ª Vara Criminal, rejeitou a denúncia de ocultação de cadáver que pesava contra o ex-policial militar Almir Monteiro dos Reis. De acordo com o magistrado, o abandono do corpo da advogada Cristiane Castrillon, encontrado no Parque das Águas, não poderia ser confundido com ocultação. Na mesma decisão, Perri tornou o ex-PM réu por estupro, homicídio qualificado e fraude processual.
"Não se pode dizer que um corpo abandonado tão próximo de um lugar de caminhada, que dá acesso ao DETRAN, conforme o próprio Promotor menciona em sua peça vestibular, além de uma via pública, de bairros, tenha realmente a intenção de ocultar o corpo da vítima, pois, convenhamos, o local é de fácil descoberta", diz trecho do documento.
Com relação aos crimes de homicídio, estupro e fraude processual, o magistrado entendeu que as evidências apontam para a autoria do ex-PM, considerando imagens de câmeras de segurança, laudos periciais e depoimentos colhidos na fase de inquérito.
A audiência de instrução do caso, que subsidiará a decisão se o réu será ou não submetido ao Tribunal do Júri, foi marcada para o dia 9 de outubro às 14h. Wladymir Perri reafirmou a competência da 12ª Vara para conduzir os trabalhos pontuando que, ainda que seja um caso de feminicídio por descriminação à mulher, o episódio não guarda relação com violência doméstica. Caso contrário, a competência seria da vara especializada.
O CASO
Cristiane Castrillon foi morta na madrugada de 13 de agosto durante um encontro casual com Almir Monteiro dos Reis. A principal tese é de que a advogada tenha tentado interromper o ato sexual, foi estuprada e acabou sendo morta pelo ex-PM.
Atualmente Almir está preso preventivamente na cadeia de Chapada dos Guimarães. Ele chegou a passar alguns dias isolado no raio oito da Penitenciária Central do Estado (PCE), mas voltou à cadeia de Chapada por determinação do juiz Geraldo Fidelis que citou risco de insurgência na PCE caso o ex-PM fosse mantido lá.
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