Sexta-feira, 08 de Novembro de 2024
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png
dolar R$ 5,78
euro R$ 6,19
libra R$ 6,19

00:00:00

image
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png

00:00:00

image
dolar R$ 5,78
euro R$ 6,19
libra R$ 6,19

Justiça Quarta-feira, 26 de Outubro de 2016, 08:22 - A | A

facebook instagram twitter youtube whatsapp

Quarta-feira, 26 de Outubro de 2016, 08h:22 - A | A

R$ 40 MILHÕES

Empresário faz delação, cita novos nomes, ficava com 12% dos desvios e o restante era para Riva

JESSICA BACHEGA

A juíza Selma Rosane de Arruda, da Sétima Vara Criminal, homologou na tarde desta terça-feira (25) o termo de delação premiada firmado entre o réu Elias Nessarden Júnior e o Ministério Público Estadual (MPE). Elias é réu na Operação Imperador que investiga desvios de R$ 62 milhões da Assembleia Legislativa por meio de falsas compras de material gráfico.

 

Conforme a denúncia, a  organização criminosa que atuava nos desvios do Poder Legislativo era liderada pelo ex-deputado José Riva  e composto por servidores da Assembleia. 

 

Alan Cosme/HiperNoticias

promotor marcos bulhoes

 

Em audiências da sede do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), Elias confirmou toda a tese defendida pelo MPE sobre os desvios, assumiu sua participação e narrou como os desvios eram cometidos.

 

Diante dos novos fatos narrados pelo réu outras investigações foram feitas e novos nomes foram citados entre os envolvidos no processo, de acordo com o promotor de Justiça, Marcos Bulhões, responsável pelo processo.

 

Segundo Bulhões, Elias era o administrador das empresas fornecedoras de material gráfico para a Assembleia. “As empresas não existiam efetivamente. Elas eram reais apenas no papel. Ele era sócio de uma das empresas e colocou as demais no nome de familiares e pessoas próximas a fim de participar dos esquemas”, contou.

 

Elias era dono das empresas Servag e Livropel, já as empresas Hexa Comércio e Serviços de Informática Ltda, Amplo Comércio de Serviços e Representações Ltda, Real Comércio e Serviços Ltda-ME eram falsas 

 

Segundo o depoimento do acusado ao Gaeco, ele colocou as empresas no nome de familiares a fim de poder participar das licitações e independente de qual vencesse o certame ele sairia vencedor pois geria todas. Elias conta que ficava com 12% do valor e devolvia o restante para o secretário geral, Edemar Adams que, por sua vez, repassava o valor para ex-deputado José Riva (sem partido). 

 

O valor desviado entre os anos de 2005 e 2009 somavam R$ 40 milhões. No entanto, o valor corrigido quando o processo foi iniciado em 2015 o montante atingia os R$ 62 milhões divulgados.

 

“Apesar dele ter confirmado que utilizou estas pessoas e que elas não se beneficiaram do esquema, isso não as isenta da responsabilidade de ter assinado e fornecidos documentos para ceder nome às empresas”, contou o promotor.

 

Elias será ouvido pelo juíza da Sétima Vara Criminal,  Selma Rosane Arruda, no dia 28 de outubro. Os réus Janete Riva, Edson Menezes e Manoel Teodoro dos Santos podem ser interrogados após a oitiva do delator.

 

"Novas fases da Operação Imperador não estão descartadas", declarou o promotor.

 

 

 

Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.

Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.

Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM  e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.

Comente esta notícia

Algo errado nesta matéria ?

Use este espaço apenas para a comunicação de erros