André Romeu/Agência Phocus |
Maria Erotides é empossada pelo presidente do TJMT, Rubens Oliveira, nesta sexta |
“Continuarei a não temer o contato das paixões, cujo fogo, quando ateado por um fim nobre, constitui o mais belo espetáculo da vida. Continuarei a ser o juiz que, quando reconhece os próprios equívocos, não vacila em confessá-los e emendá-los. Continuarei a detestar o papel de Maria vai com as outras pelo só comodismo de evitar uma discordância. Prosseguirei como juiz que não teme ameaças, nem se afrouxa com lisonjas. Continuarei a ter a coragem inteira da minha justiça, mesmo em face das demasias da autoridade ou dos punhos cerrados da multidão sediciosa. Continuarei a ser um juiz que não lava as mãos na bacia de Pilatos", assinalou Maria Erotides aos presentes, repetindo as frases ditas por Nelson Hungria em sua posse como desembargador do Tribunal de Apelação do Distrito Federal, em 1944.
Na solenidade, a saudação inicial à nova desembargadora, proferida em nome do Tribunal Pleno, foi feita pelo desembargador Teomar de Oliveira Correia, que ressaltou a formação acadêmica da magistrada e, principalmente seu espírito defensor das causas sociais, além do desempenho no Tribunal Popular do Júri, trabalho desenvolvido desde 1992. “É o que o Tribunal de Justiça precisa, de julgadores coerentes e decididos“, pontuou.
Maria Erotides Kneip Baranjak agradeceu as calorosas palavras proferidas pelo desembargador Teomar de Oliveira, que, segundo revelou, foi o primeiro magistrado com quem trabalhou e o juiz com quem aprendeu o zelo pelo julgamento isento das paixões. “Foi seu incentivo amigo que me sustentou nos momentos difíceis, quando, na Diretoria do Foro de Várzea Grande, ousei conclamar a sociedade e os serventuários da Justiça para ampliar e reformar as instalações do fórum local”, lembrou. Sobre a promoção, afirmou ter recebido uma honra divina. “Não há nenhum mérito pessoal nisto: apenas fui honrada por Deus, a quem pertence toda a autoridade! Fui, sim, honrada por Deus, que desenhou o meu projeto de vida e me trouxe das longínquas Minas Gerais para Mato Grosso”, observou.
A magistrada também ressaltou a experiência obtida aos longos dos 19 anos à frente do Tribunal do Júri da Comarca de Várzea Grande, onde, segundo revelou, aprendeu a respeitar o drama humano de milhares de réus e vítimas, testemunhas e famílias. A nova desembargadora agradeceu o apoio recebido dos cidadãos e servidores da Comarca de Várzea Grande, onde exerceu jurisdição durante a maior parte de sua carreira. “A partir de hoje, a sua extensão territorial não se finda nas pontes sobre o rio Cuiabá. Ela se alonga até uma das cadeiras do Tribunal de Justiça”, ressaltou.
A solenidade foi prestigiada por diversas autoridades, entre elas o governador em exercício do Estado, Francisco Daltro, o procurador-geral da Justiça, Marcelo Ferra de Carvalho, o procurador-geral do Estado, Jenz Prochnow, a desembargadora Maria Beatriz Theodoro Gomes (representante do Tribunal Regional do Trabalho de Mato Grosso), o procurador do Estado Alisson Carvalho de Alencar, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso, Cláudio Stábile, o conselheiro Gonçalo Campos Neto (representante do Tribunal de Contas do Estado), o defensor Márcio Dorileo (representante da Defensoria Pública do Estado), o presidente da Associação Mato-Grossense do Ministério Público, Vinícius Gahyva Martins, o presidente da Associação Mato-Grossense dos Magistrados (Amam), Agamenon Alcântara Moreno Júnior, o secretário de Estado de Segurança Pública, Diógenes Curado, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Osmar Lino Farias, além de desembargadores aposentados, como Benedito Pereira do Nascimento e Licínio Carpinelli Stefani. (As informações são do Tribunal de Justiça)
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