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Justiça Segunda-feira, 13 de Outubro de 2025, 14:13 - A | A

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CASO DE 2020

Chacina em garimpo vai a júri com réus acusados de execução e estupro

Crimes teriam sido motivados por disputa territorial; julgamento envolve sequestro, homicídio e violência sexual

DA REDAÇÃO

O Tribunal do Júri de Aripuanã (1.022 km de Cuiabá) iniciou nesta segunda-feira (13) o julgamento dos réus Jacó Nascimento de Melo e Jânio Domingos de Brito, acusados de envolvimento na execução de quatro pessoas em novembro de 2020. Os crimes teriam sido motivados por conflitos relacionados à exploração de garimpo na região. Jacó também responde por estupro, em processo separado.

As vítimas foram Elzilene Tavares Viana, conhecida como Babalu, Leôncio José Gomes, Luiz Felipe Viana Antônio da Silva e Jonas Santos. Segundo o Ministério Público, o grupo foi sequestrado e levado a uma área de mata, onde foi executado com disparos de arma de fogo. Elzilene teve o corpo parcialmente carbonizado. A única sobrevivente foi Laurilene, esposa de Jonas, que estava grávida na época.

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A denúncia aponta que os crimes foram encomendados por Leandro Ribeiro Mendes, suposto mandante, que teria pago R$ 120 mil para a execução. Os réus teriam agido em coautoria com Josué do Nascimento Melo e Gedeon Ribeiro Menezes. Após o crime, os envolvidos fugiram com Laurilene, que posteriormente foi vítima de estupro em Juína, segundo o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT).

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A sessão é presidida pela juíza Rafaella Karla de Oliveira Barbosa. Os réus foram transferidos de São Paulo e Goiás para Mato Grosso. O Ministério Público é representado pelo promotor William Johnny Chae. As defesas são exercidas por advogados e pela Defensoria Pública.

A Polícia Civil investiga se a motivação está ligada a disputas por áreas de garimpo. Os corpos foram encontrados em estado de putrefação dois dias após o crime, próximo a uma caminhonete incendiada. Três dos envolvidos — Leandro, Josué e Gedeon — foram mortos em anos posteriores.

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O CASO

Segundo a denúncia, os crimes ocorreram em 21 de novembro de 2020, em uma estrada rural que dá acesso a um garimpo na Serra de Aripuanã. As vítimas — Elzilene Tavares Viana, Leôncio José Gomes, Luiz Felipe Viana Antônio da Silva e Jonas Santos — foram rendidas por homens armados que se apresentaram como policiais. Após serem algemadas e colocadas em veículos separados, foram levadas a uma área de mata e executadas com disparos de arma de fogo. Apenas Laurilene Vieira Viana, esposa de uma das vítimas e grávida na época, sobreviveu.

A motivação, conforme o Ministério Público, teria sido um conflito entre as vítimas e Leandro Ribeiro Mendes, suposto mandante dos crimes, que teria contratado Josué do Nascimento Melo para executar os assassinatos. Josué, por sua vez, teria recrutado Jacó, Jânio e Gedeon Ribeiro Menezes. O grupo teria permanecido em Aripuanã por cerca de 10 dias antes do crime.

Após as execuções, os acusados fugiram com Laurilene. Durante a fuga, parte do grupo retornou ao local do crime para incendiar o veículo utilizado, com o objetivo de dificultar as investigações. Jacó e Gedeon seguiram com Laurilene até Juína, onde, segundo a denúncia, Jacó a manteve em cárcere e a estuprou em um hotel.

DESDOBRAMENTOS

O crime de estupro foi desmembrado do julgamento atual e será analisado pela Justiça de Juína. A denúncia aponta que Jacó teria ameaçado a vítima, impedido contato com terceiros e tirado fotos de seus documentos. Após o abuso, ele comprou uma passagem de ônibus e liberou a vítima.

Três dos envolvidos no caso foram mortos posteriormente: Leandro Ribeiro Mendes, em setembro de 2023; Gedeon Ribeiro Menezes, em fevereiro de 2022; e Josué do Nascimento Melo, em 2021, no Pará.

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