Julgamento realizado pelo Tribunal de Ética da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) determinou a suspensão preventiva, por 90 dias, do registro profissional do advogado T.C.S., acusado de bater e ameaçar a ex-esposa T.M.O, e sua enteada. A vítima publicou alguns vídeos em que mostra o suspeito cometendo as agressões. Em um dos vídeos, ele joga a cabeça da vítima contra a cama na frente da enteada.
LEIA MAIS: Advogado de Cuiabá é acusado de ameaçar e agredir ex-esposa, filho e enteada; veja vídeo
Na decisão, a relatora entendeu que os vídeos e as conversas divulgadas pela vítima deixaram evidências claras sobre o comportamento do advogado e que as agressões verbais e físicas contra a ex-companheira e a enteada repercutiram de forma extremamente negativa para advocacia, restando clara a necessidade de preservar a dignidade da profissão.
“Por conseguinte, opino pela Suspensão Preventiva do representado, o advogado T.C.S., pelo prazo de 90 (noventa) dias, dentro do qual deverá ser concluído o processo disciplinar já instaurado”, diz a decisão.
A defesa do acusado entrou em contato com o HNT e salientou que irá recorrer da decisão.
CONSTANTES AGRESSÕES
A vítima relatou que ela e o acusado conviveram por cerca de 9 anos e, já com um ano de relacionamento, o suspeito passou a apresentar comportamentos violentos, com ameaças e agressões.
Segundo a mulher, após o término do relacionamento, ela e o acusado chegaram a tentar reatar o casamento pela segunda vez, no entanto, as agressões logo voltaram a acontecer. À reportagem, a vítima confidenciou viver sob ‘constante medo’ e que não conseguia ‘encontrar paz’ para sair de casa.
RETIRADA DE DENÚNCIAS
No dia 26 de outubro, a juíza Patrícia Ceni, do 8º Juizado Especial Cível de Cuiabá, havia determinado que a vítima retirasse de todas as suas redes sociais as postagens que denunciam o ex-marido, pois entendia que isso era prejudicial à imagem do suspeito, que deveria passar pelo um julgamento justo.
Porém, no dia seguinte, devido a grande repercussão, a magistrada voltou atrás e permitiu que as postagens pudessem continuar nas redes sociais de T.M.O., além de declarar incompetência do órgão em julgar o caso. Ela o encaminhou para a juíza Ana Graziela, da Vara de Violência Doméstica.
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.