Segundo o relatório, o arrefecimento esperado para o próximo ano reflete possível desaceleração do mercado de trabalho, queda brusca na imigração líquida, impacto dos aumentos tarifários sobre preços e cortes expressivos em despesas discricionárias não relacionadas à defesa.
Para a OCDE, a economia americana seguiu resiliente apesar da perda de ritmo nas contratações e de uma inflação que segue acima da meta do Federal Reserve (Fed). A instituição observa que as pressões salariais seguem moderadas e as expectativas inflacionárias de longo prazo permanecem ancoradas. Em relação a junho, a projeção de inflação PCE para 2026 sofreu corte de cerca de 2,8% para 2,3%, indicando desinflação mais rápida. Para este ano, a projeção recuou de 3,2% para 3%.
O relatório de novembro estima que a inflação deve subir até meados de 2026 devido ao repasse das tarifas - que elevaram a taxa efetiva de 2,5% para 14% -, mas retornar à meta em 2027, em uma trajetória menos pressionada do que a estimada em junho. Entre os riscos, a OCDE cita uma possível correção nas bolsas, a persistência inflacionária e fragilidade no crédito. Por outro lado, o forte investimento em inteligência artificial (IA) pode surpreender positivamente.
A política monetária dos EUA também entrou em ciclo de afrouxamento e a OCDE espera cortes graduais nos juros até a faixa de 3,25%-3,5% no fim de 2026, conforme a desaceleração do emprego abre espaço para flexibilização.
No fronte fiscal, o déficit do governo deve permanecer em torno de 7,5% do PIB até 2027 - nível semelhante ao estimado anteriormente -, enquanto a dívida bruta continua em trajetória ascendente, chegando a 128,4% do PIB em 2027, também próxima da projeção de junho. Ainda assim, a OCDE volta a alertar que o país opera com desequilíbrio estrutural e que um "ajuste significativo" será necessário.
(Com Agência Estado)
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