“Fazer o bem sem olhar a quem” é uma das frases que muitos ouvem mas poucos levam a sério. Há dois anos, no entanto, dois jovens resolveram arregaçar as mangas e ajudar o próximo, que é, muitas vezes, ignorado por quase toda a sociedade. De uma pequena ação, nasceu o Projeto Solar, que atua nas frentes de solidariedade, amparo e resgate junto aos moradores em situação de rua, famílias carentes e entidades filantrópicas.
O Solar foi iniciativa de Gabriel Coutinho, de 20 anos, e de Bruno Ângelo, de 21. Quando começaram o movimento, no dia 7 de setembro de 2015, e se propuseram a ajudar o próximo, sonhavam alto e, como consequência, criaram um impacto maior do que poderiam imaginar.
O início
Gabriel conta que a solidariedade vem de berço. Segundo ele, a mãe sempre foi ligada às causas sociais. No entanto, ele não participava, até que percebeu, por conta própria, a necessidade desse tipo de ação. À época, Gabriel era estudante de cursinho. Queria cursar Medicina para ajudar as pessoas e, um dia, percebeu que não precisava esperar o futuro para estender uma “mão amiga”. “No caminho da casa da minha avó tinha um homem na rua e ele foi a primeira pessoa que eu ajudei”, revelou.
O rapaz lembra que desviou rapidamente o caminho, entrou no mercado e comprou alimentos para doar. Desde então, tem se dedicado à causa social. “Acredito que a minha vida toda eu vou pautar para esse lado”, observou o hoje estudante de Direito.
O projeto
Solar é a abreviação de Solidariedade, Amparo e Resgate. Foi pautado nesses três conceitos que os adolescentes traçaram um caminho para o projeto. “Dividimos em quatro partes que são a solidariedade, com os alimentos, uma conversa, o encaminhamento para a reabilitação, encontrar uma moradia para eles e prover cursos de capacitação”, explicou Gabriel.
Dos objetivos, o projeto concretizou a primeira parte e caminha, ainda em busca de parcerias, para atuar nas demais. “Atualmente não conseguimos fazer tudo, mas elas vêm com o tempo”, disse.
Quando começou, há exatos dois anos, o grupo era formado por Bruno, um amigo, Gabriel e seu pai. Na época, serviram 13 marmitas para moradores em situação de rua. “Foi uma realidade diferente”, lembrou Gabriel. “Tem muita pessoa que vai para a rua e não é usuária de droga. Isso é preconceito. Grande parte é por problemas familiares”, comentou.
Com a evolução dos trabalhos e a adesão de novos membros, que hoje somam, em média, 60 participantes, o projeto entrega 80 marmitas a cada edição, e já chegou a entregar 120. Os custos das marmitas são, quase sempre, bancados pelos próprios membros, que fazem cotas para comprar os ingredientes. O grupo também conta com apoio da Faculdade de Direito da UFMT e alguns parceiros para iniciativas específicas.
Além do trabalho com os moradores em situação de rua, os membros também atuam com famílias carentes e entidades filantrópicas, identificando a necessidade de cada um e estipulando ações para arrecadar doações. “Passamos nos bairros, fazemos o levantamento da famílias e aí arrecadamos”, explicou Gabriel. Segundo ele, em uma dessas ações, o grupo promoveu uma palestra sobre Direito cuja inscrição era a entrega de alimentos.
Outra iniciativa do Projeto Solar é o Cabide Solar, que arrecada e distribui roupas e calçados para os que estão em situação de vulnerabilidade. “O objetivo é ajudar pessoas das mais diversas formas e localidades”. O projeto é realizado duas vezes por mês, sempre aos finais de tardes em domingos.
Para conhecer mais sobre as ações, ou entrar em contato com o grupo solidário, acesse a página do projeto no Facebook. Clique aqui.
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