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Cidades Quarta-feira, 31 de Março de 2021, 13:58 - A | A

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Quarta-feira, 31 de Março de 2021, 13h:58 - A | A

DESCENTRALIZAÇÃO

Idosos reclamam de desordem e cobram mais polos de vacinação contra a Covid-19 em Cuiabá

JOYCY AMBRÓSIO
DA REDAÇÃO

Idosos reclamam de desorganização ao chegar no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá, nesta quarta-feira (31), e cobram descentralização da vacinação contra a Covid-19 na Capital.

Reprodução

PISTA DUPLA.png

 

O que teria gerado confusão ao acesso do único polo de imunização contra a Covid-19 em Cuiabá foi a implantação do sistema drive-thru de vacinação, feito pela prefeitura, nesta manhã. Na ocasião, o formato estava atendendo apenas a aplicação da segunda dose em idosos de 80 a 84 anos.

Uma fila dupla de carros tumultuou o processo de vacinação, gerando críticas na Internet. No local, além dos idosos acima de 80 anos, também estão sendo vacinados com a primeira dose, no formato tradicional, idosos de 70 a 74 anos, que cobram a descentralização do serviço.

LEIA MAIS:  Prefeitura de Cuiabá libera vacinação de idosos entre 70 e 74 anos e disponibiliza 1,5 mil vagas no sábado

“Tinha muita gente aí na frente, tivemos que deixar o carro lá longe. Os motoristas começaram a formar duas filas de carro, porque não tinha ninguém para orientar que era apenas uma. [...] E ainda tem gente aqui que está marcado para 12h/13h e chega agora, 10h, daí fica aglomerado”, disse Olivia de Arruda Grerian, de 71 anos.

Para a idosa, que tomou a primeira dose da vacina, deveria haver outros polos para realização do serviço “não deveria ser só aqui, deveria ter vários locais”.

O idoso José Maria Martins Moreira, 71 anos, também cobra outros lugares para a vacinação, pois pessoas mais carentes, de bairros mais distantes, não podem acessar o centro de eventos.

“É covardia, porque os pobres que moram em outros bairros não têm como vir aqui, só rico que vai vacinar desse jeito. Quem vai vir de lá aqui a pé? E aglomerou tudo ali na frente porque não tem outro lugar para vacinar, se tivesse não ficava desse jeito”, comentou o José Maria.

Já para o casal Ademir Alves da Costa e Tereza Luz da Costa, ambos de 70 anos, falta a organização no acesso ao local de vacinação.

“Lá fora a fila estava demais. [...] Eu acho que hoje a organização vai avaliar e ver que tem que ter mais uns dois polos. Por que não usar a UFMT, por exemplo?”, sugeriu o casal.

Outra que sugeriu da descentralização do serviço foi a idosa Creuza Taques, 73 anos. “A entrada está difícil até para quem vem de carro próprio. Deveria ter mais postos, no Centro da cidade; no Coxipó; no CPA. [...] Muitas pessoas que tem menos idade que eu estão sofrendo para chegar aqui. Muita gente vai deixar de tomar a vacina por causa disso. Muita gente carente não tem dinheiro nem para pagar o ônibus para vir aqui”.

Reclamações semelhantes já foram registradas pela vereadora de Cuiabá, Edna Sampaio (PT) e o Partido dos Trabalhadores, que ajuízaram ação contra a Prefeitura de Cuiabá e a Secretaria Municipal de Saúde pelas aglomerações registradas no Centro de Eventos do Pantanal, por conta da imunização contra a Covid-19.

LEIA MAIS: PT entra com ação contra aglomerações no Centro de Eventos do Pantanal

 

Sistema drive-thru  

Em pronunciamento nessa teça-feira, o prefeirto de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) anunciou que o sistema drive-thru seria implementado a partir da próxima segunda (5). No entanto, a medida foi antecipada para esta quarta-feira, o que, segundo os idosos, teria contribuido para provocar a desorganização na entrada do local, por falta de informações.

Conforme a prefeitura, a vacinação via drive-thru ocorreu em sincronia com a aplicação da primeira dose da vacina nos idosos de 70 a 74 anos. A modalidade dentro dos veículos é para a aplicação da segunda dose, nos idosos de 80 a 84 anos.  

Descentralização depende de mais vacinas

Segundo informações da Prefeitura de Cuiabá, já está prevista no Plano Municipal de Imunização a descentralização do polo de vacinação. Porém, conforme a coordenadora da Vigilância Epidemiológicamas municipal, Valéria de Oliveira, a implantação de novos polos depende “da chegada de mais vacinas. Não adianta recebermos um número pequeno e dividirmos para outros polos, porque as doses vão acabar rapidamente e os locais vão ficar ociosos”, explica.    

Veja vídeos:

 

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