Mayke Toscano/Hipernotícias |
Estudantes na avenida Rubens de Mendonça na manhã desta quarta (22) fizeram protesto para exigir mais qualidade para o curso de medicina da UFMT |
Cerca de 100 alunos do curso de medicina da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso) protestam na manhã desta quarta-feira (22) na avenida Rubens de Mendonça, uma das mais movimentadas de Cuiabá, para exigir aulas práticas e melhorias na estrutura física do curso.
O grupo apresentou uma solução para o problema. Para eles a UFMT poderia entrar em acordo com a Secretaria de Saúde do Estado e assim trabalharem nos postos de saúde e policlínicas em Cuiabá para aumentarem o processo empírico do curso.
Para a estudante Mayara Braz, a solução da parceria beneficiaria tanto os alunos quanto a população. “A sociedade tem uma carência de médicos melhores e queremos ter prática para nos tornarmos bons profissionais”, argumentou.
Segundo Márlon Corrêa, um dos organizadores do movimento dos estudantes, também há a promessa por parte do Governo do Estado em ajudar na construção do novo hospital Júlio Müller, mas o projeto ainda está no papel.
Mayke Toscano/Hipernotícias Alunos pressionam para a construção do novo hospital Júlio Muller
Considerado um dos melhores cursos de medicina do Brasil no campo de internato, estudantes dos primeiros cinco semestres paralisam as atividades e denunciam que depois de 2009, com a implantação do Projeto Federal Reuni (Resestruturação e Expansão das Universidades Federais) houve um declínio na qualidade do curso.
As vagas passaram de 40 para 80 alunos depois da implantação do Reuni. Porém, a UFMT não se preparou para atender o dobro de alunos e isso prejudicou as aulas práticas que devem ser ofertadas desde o 3º semestre.
“Não discordamos da implantação do Reuni que resultou no novo método que é muito bom, mas os professores ainda não acharam a maneira correta de executá-lo”, informou Márlon.
O método, explicou o estudante, visa tornar mais participativo a relação entre professores e alunos através da mistura de aula tradicional e o LBP (Learn Basead Problem) ou aprendizado baseado em problemas. Porém, as aulas não são frequentes e as verbas do Reuni não são suficientes para atender a demanda.
PROFESSORES
Segundo os estudantes, existem cerca de 137 professores no curso de medicina na UFMT. Desses apenas 14 trabalham com dedicação exclusiva. Os docentes já sinalizaram aos alunos que o efetivo é insuficiente para atender a nova demanda do curso.
“Precisamos de um compromisso maior dos professores”, refletiu Márlon. Para o estudante, muitos professores não estão cumprindo a determinação de dar aulas práticas a partir do 3º semestre. “Eu deveria ter aula de ginecologia e obstetrícia neste semestre, mas até o hoje não tive”, complementou.
A comissão do movimento dos estudantes de medicina enviou oficio para os departamentos de pediatria, ginecologia e obstetrícia, clinicas médica e cirúrgica pedindo soluções imediatas para os problemas dos alunos. “O diploma é certo, mas e a qualidade de ensino?”, indagou o estudante.
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