Após a morte da elefanta Kenya no Santuário de Elefantes Brasil (SEB), localizado em Chapada dos Guimarães, cresce a expectativa para que o espaço receba um novo morador: o elefante Sandro, que vive há mais de quatro décadas no Zoológico Municipal de Sorocaba, em São Paulo.
Sandro tem 53 anos e está no zoológico paulista há 43 anos. De acordo com a Procuradoria-Geral de Justiça de São Paulo, o animal enfrenta sofrimento no local, o que motivou a emissão de um parecer favorável à transferência poucos dias antes da morte de Kenya.
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A possível mudança de Sandro para Mato Grosso é discutida na Justiça desde 2022, mas o debate ganhou novos desdobramentos em dezembro de 2025. A transferência depende do cumprimento de uma série de exigências, como acompanhamento veterinário durante o transporte, climatização adequada do veículo, escolha de rotas com menor vibração e paradas estratégicas para reduzir o estresse do animal.
A transferência de Sandro é discutida na Justiça desde 2022
O Santuário de Elefantes Brasil informou que está preparado para receber Sandro e que possui equipe especializada e estrutura adequada para garantir o bem-estar do elefante. Segundo a instituição, o nível de cuidado oferecido é considerado superior ao de outros espaços semelhantes na América do Sul. No entanto, a transferência ainda depende da concordância do Zoológico de Sorocaba.
Apesar do apoio de entidades de proteção animal, a mudança não é consenso entre especialistas. Parte da comunidade científica se posiciona contra a transferência. Um dos críticos é o biólogo e influenciador Henrique Abrahão Charles, que aponta dificuldades na manutenção de animais em santuários, especialmente relacionadas ao acesso restrito às áreas de manejo.
"Há diferença do zoológico para o santuário. No santuário existe um mantenedor que ninguém pode entrar", opinou Henrique Abrahão.
DESPEDIDA DE KENYA
Enquanto a definição sobre Sandro segue em discussão, funcionários e voluntários do santuário ainda lamentam a morte de Kenya. A elefanta, conhecida pelo comportamento dócil, chegou ao Brasil vinda da Argentina, em julho, após percorrer cerca de 2 mil quilômetros. Ela enfrentava problemas respiratórios e dores crônicas nas articulações. Apesar dos cuidados paliativos, o quadro clínico se agravou e o animal não resistiu.
Em nota, a organização informou que Kenya não conseguia se deitar para dormir havia algum tempo, mas que, na última noite, conseguiu se deitar antes de morrer.
O caso segue sendo acompanhado pelos órgãos competentes e novos desdobramentos podem ocorrer nos próximos dias.
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