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Artigos Domingo, 20 de Julho de 2025, 12:17 - A | A

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Domingo, 20 de Julho de 2025, 12h:17 - A | A

ADRIANE MARTINS

Nosso céu é vigiado e nossa terra segue ajoelhada. O Brasil não controla os próprios satélites

ADRIANE MARTINS

Há mais de cem anos, o Brasil foi avisado de que precisava olhar para o céu. Quando Santos Dumont levantou voo, não era apenas uma máquina que se elevava, era um chamado à soberania, à ciência e à emancipação nacional. Mas em pleno 2025, seguimos de olhos baixos. E pior: com os céus ocupados por sinais que não controlamos.

O GPS, sistema de navegação americano, rege desde colheitas até prisões domiciliares no Brasil. Não há plano B. Nenhum satélite nacional de navegação. Nenhuma integração ativa com sistemas alternativos como o Galileo europeu ou o BeiDou chinês. Em tempos de paz já é um risco. Em tempos de tensão geopolítica, é um convite à rendição.

As grandes potências entenderam que guerra hoje não se vence com fuzis, mas com botões. Com códigos. Com desligamentos estratégicos de sinais. Com tecnologias silenciosas que fazem países ajoelharem sem perceber. Isso é guerra híbrida. E é isso que ronda o Brasil, mas a maior parte do país ainda não percebeu.

Sob a nova administração americana, discursos endurecem. O Brasil, cada vez mais autônomo em fóruns como BRICS, G20 e CELAC, passa a ser visto como indesejado. E o aviso vem por entrelinhas: desaceleração de acordos, pressão comercial, isolamento digital. A pergunta que ninguém quer responder é: o que acontece se nos desligarem? Se amanhã o sinal for cortado, o Brasil afunda em silêncio. Judicialmente, tecnologicamente, militarmente.

Não se trata de medo. Trata-se de responsabilidade. A Constituição fala em independência. Mas independência exige visão. Exige investimento. Exige coragem institucional para sair da sombra de quem historicamente nos trata como colônia.

Proponho que paremos de nos ajoelhar. Que o Brasil crie sua constelação de navegação. Que ingresse formalmente em sistemas não hegemônicos. Que convoque uma audiência nacional sobre soberania espacial e cibernética. E que assuma seu lugar de direito: não como vassalo de potências, mas como guardião da própria órbita.

Nosso céu é vigiado. Mas nossa dignidade não precisa mais estar de joelhos.

(*) Adriane Martins é Assessora Parlamentar na Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso. Pedagoga, Gestora Ambiental e Bacharel em Teologia. Pós-Graduada — Perícia e Auditoria Ambiental. Pós-Graduada — Auditoria Pública e Empresarial.

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