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A população humana estimada em 1945 era de 2,3 bilhões, evoluiu para aproximadamente para 6,4 bilhões em 2005 e com previsão de 9,1 bilhões para o ano de 2050 conforme a apresentação do ex Vice Presidente Estadunidense, Al Gore, em seu documentário “Uma verdade inconveniente”. Uma verdade inconveniente trata-se de um documentário de grande sucesso alguns anos atrás, que fazia a exposição da percepção de reações naturais do planeta, às vezes de forma indesejada, às ações antrópicas, em especial as ocorridas no último século.
Anualmente em 11 de julho que de acordo com a ONU, marca a data quando, em 1987, a população mundial chegou a 5 bilhões de pessoas é utilizado para comemorar o dia da população.
Nós, seres humanos, vivemos dezenas de milhares de anos para alcançar o primeiro bilhão de habitantes, por volta de 1800. Em seguida, foram necessários mais 125 anos para dobrar a população, alcançando assim o planeta, por volta de 1927, 2 bilhões de habitantes. O terceiro bilhão foi atingido 34 anos depois, em 1961.
Hoje, 53 anos depois em fevereiro de 2014, os dados apontam para uma estimativa de mais de 7.215.600.000 de habitantes. Creio que a previsão feita por Al Gore, de 9,1 bilhão de pessoas para 2050, possa ser até tímida.
O mesmo afirma que em função do aumento da emissão de dióxido de carbono e outros gases de efeito estufa (GEE), tem se aumentado a espessura da camada atmosférica, provocando a retenção calor.
Entre as consequências estão o degelo das calotas polares, elevação do nível médio das águas do mar e à alteração da temperatura da água em todo o planeta. E, é claro, mudanças sutis do regime de chuvas como o que estamos observando hoje. Cidades ilhadas por que a ponte rodou, por que a estrada inundou, o rio encheu e levou algumas casas, desabrigou algumas pessoas que moravam nas encostas e beiras de rios, perdemos a soja por excesso de chuva... E nem abordaremos as questões de saúde coletiva e econômicas decorrentes...
É claro, o planeta já se aqueceu e esfriou outras vezes ao longo de sua história nas eras geológicas, assim como também já passamos segundo alguns pesquisadores, por seis eras glaciais, onde todo o planeta se congelou.
Se essas mudanças são naturais, então qual o problema? O problema é a velocidade com que está ocorrendo agora.
O fato é que durante tempo, muita gente acreditou (e acreditam) que a Terra fosse tão grande que não poderia ser afetada pelas nossas ações. O aumento da emissão dos chamados gases do efeito estufa, em especial o dióxido de carbono, o metano e o óxido nitroso, reagem naturalmente no ambiente, implicando em reações que podem tornar o ambiente desfavorável para nós.
Nosso planeta é um sistema fechado, quero dizer, além da radiação solar e dos meteoros advindos do espaço, pouca coisa entra ou sai do planeta. Então... Todo esse carbono de que estávamos falando sempre esteve aqui? Sim, mais imobilizado, enterrado, na forma de petróleo, (que extraímos e queimamos e o disponibilizamos na atmosfera), como matéria orgânica no subsolo (que se perde no processo desertificação e volta pra atmosfera), na floresta sobre o solo, (que queimamos) como na vegetação de cerrado, onde a maior parte da vegetação está embaixo da terra, em nos seres vivos de forma geral (lembremos que já somos mais de 7 bilhões só de pessoas).
Problemas como chuva ácida, causada pela queima de combustíveis que contém enxofre como impureza, (gasolina e óleo diesel), e que ocorre quando o dióxido de enxofre se junta à umidade da atmosfera, formando o ácido sulfúrico, um dos principais componentes destas chuvas ácidas que estão se tornando mais frequentes. Claro, o dióxido de enxofre é produzido naturalmente nos pântanos e vulcões, mas em quantidades que o meio ambiente consegue assimilar.
O Etanol de cana-de-açúcar é praticamente neutro em CO2, no ciclo de produção e consumo. A palhada restante da cultura da cana-de-açúcar, incorporada ao solo, que não é queimada, imobiliza toneladas de carbono nestes solos onde a cultura ocorre. E a parte queimada como Etanol é reabsorvida no processo de crescimento da cana-de açúcar.
Em síntese, precisamos de carros mais eficientes, de estradas com melhores projetos de mobilidade, com alternativas a semáforos e cruzamentos, previsão de implantações obrigatórias de ciclovias em todos os projetos executivos de implantação de rodovia, assim como via para deslocamento de pedestres. Precisamos de um transporte coletivo eficiente, e eficiente em todos os sentidos.
Importante ressaltar que o transporte hidroviário e o ferroviário, superam o transporte rodoviário em eficiência, mas infelizmente é relegado a um outro plano qualquer. Afinal, é importante consumir combustível e contribuir com os milhões de reais em impostos em royalties para a educação e saúde. Importante, é claro que você deve entender que esses milhões em royalties estarão embutidos no preço do litro de gasolina e diesel (e muito provavelmente diluído no etanol) na hora que você abastecer.
Uso aqui a frase de qual não me lembro o autor, que afirma que país desenvolvido, não é o país onde todos tem dinheiro pra comprar carro, mas sim onde os que tem dinheiro pra comprar carro usam o transporte coletivo.
Embora o problema seja global, precisamos nos educar pra agir local e globalmente. Afinal, somos brasileiros, não desistimos nunca, temos o melhor futebol do mundo, o melhor carnaval, a maior floresta tropical do mundo (que não é a maior floresta do mundo, esse título é da Taiga Siberiana), Nós, do país pentacampeão de futebol, que ficamos em penúltimo lugar no ranking mundial de educação, realizado pela Economist Intelligence Unit (EIU) e publicado pela Pearson.
Nós que dentre os 39 países e a região de Hong Kong estudados, ficamos somente na frente da Indonésia. O país que atingiu o topo do ranking, foi à Finlândia, seguido da Coreia do Sul e de Hong Kong, na China. Os países Asiáticos são apontados como países onde se produzem equipamentos e carros mais eficientes do planeta.
Temos que nos incomodar, e tentar promover mudanças nas nossas percepções ambientais, relacionadas aos valores morais, culturais e ideológicos, principalmente em função dos avisos emitidos pelas reações naturais e obvias às nossas ações de desrespeito para com nossa casa.
Acerca da “Verdade Inconveniente” de Al Gore, o grande problema é que, a verdade não possui um único significado, é dinâmica e influenciada por inúmeros fatores. Para São Tomás de Aquino, “a verdade é a adequação da coisa ao intelecto” (Veritas est adaequatio rei et intellectus) em que a verdade é a adequação ou correspondência do que pensamos com a realidade,e de acordo com alguns filósofos, existem diversas verdades, todas possíveis desde que não haja contradições, pois só os elementos que se anulam mutuamente podem invalidar a verdade.
Então, vivemos em um mundo com pessoas mais inteligentes e sadias atualmente... Mas estamos deixando nossa casa desagradável. Engraçado... Isso parece contraditório.
*MARCOS ANTÔNIO CAMARGO FERREIRA é Engenheiro Florestal, Dr. email: [email protected]
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Diana 06/03/2014
Parabéns Marcos! Devemos começar a pensar em nossos conceitos e atitudes !!
cindy 05/03/2014
Devemos rever atitudes... Parabéns Marcos.
Ronaldo Soares Salgado 28/02/2014
Acredito que está realmente acontecendo alterações tanto climáticas, quanto metafísicas no Planeta e que são fatores que não deixariam de ocorrer naturalmente por meio de processos naturais e orgânicos já previstos. Estamos em constante co-evolução e sinergia cósmica. Ações antropomórficas podem intensificar ou mesmo acelerar esses processos. o que já vem paulatinamente ocorrendo. Nunca se viu tanta incoerência climática. Tanta catástrofe e tanto metamorfismo. estamos juntos nessa, GLOBALMENTE SOMOS UNO. alarmismos à parte, que entendo serem necessários, prestemos atenção em nossos pequenos atos do dia a dia. Somos recurso. Usemo-nos com moderação.
3 comentários