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Artigos Quarta-feira, 23 de Outubro de 2013, 09:19 - A | A

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Quarta-feira, 23 de Outubro de 2013, 09h:19 - A | A

Caixa dois é a única matemática inexata

A relação é de um real oficial para 1 real não declarado, e como não é possível chegar ao número exato, estima-se que a soma desses recursos criminosos podem chegar a milhões de reais

WILSON CARLOS FUÁ






Arquivo pessoal

A soma dos recursos que têm origens duvidosas, passaram a ser chamados de “Caixa 2”, que é na verdade a matriz de todos os crimes eleitorais.


Como não se tem a dimensão do dinheiro utilizado em campanhas eleitorais, esses recursos financiam todas as despesas, por vezes, através de lavagem de dinheiro, que podem ter a sua origem no tráfego ou outras atividades criminosas dentro das ações do submundo das licitações em órgãos públicos, a exemplo do que ocorreu com o mensalão e sanguessugas.

Toda a despesa das campanhas eleitorais, a exemplo das moedas, tem dois lados: a contabilidade legal e a ilegal.

Tendo de um lado o realismo do registro contábil em conta corrente que registra todas as entradas e saídas de recursos e que fica de base para a elaboração da Prestação de Contas e de outro lado está a hipocrisia do não registro, por ser volume em espécie, passados de mão em mão, vindo de muito lados.
Não é fácil pegar em flagrante os transportadores de numerários, por ser um sistema organizado que influencia nos resultados, eles transitam livremente em todas as esferas do mundo obscuro do sistema eleitoral.

Na verdade, a utilização de recursos oriundos do Caixa 2, é um crime conhecido como lavagem de dinheiro sujo, se fosse fácil localizar e pegar os manipuladores, poucos candidatos e pouquíssimos partidos escapariam da Justiça Eleitoral, mas como esses recursos não estão nas prestações de contas, o caminho da fiscalização só tem uma saída, que é desenvolver as investigações sobre aqueles que abusam do poder econômico com campanhas milionárias, que são crimes explícitos a olhos nus.

As regras legais só existem para aqueles que usam somente recursos em que se sabe a origem e para as doações oficiais.

Ser eleito neste país envolve muitos recursos financeiros, e o povo fica sem entender, como é que possível gastar um MI para eleger um Vereador ou 10 MI para eleger um Deputado, essa é única matemática inexata, pois os 48 meses de proventos de um mandato parlamentar, não pagam os recursos gastos em campanha.

O levantamento feito pela Transparência Brasil dá a dimensão do custo operacional das eleições com previsão do uso de Caixa 2, se considerarmos, em hipótese bastante pessimista, a relação é de um real oficial, para 1 real não declarado, e como não é possível chegar ao número exato, estima-se que a soma desses recursos criminosos podem chegar a milhões de reais.

Como cabe aos próprios deputados e senadores promover as alterações na legislação, tornando as regras mais rígidas no sistema eleitoral, tenham certeza que isso não vai acontecer, pois a maioria deles é beneficiada, por isso é muito difícil acreditar que algo vai mudar.

Todos os partidos e todos os candidatos, quando se fala no assunto “Caixa 2”, tem discursos carregados de moralismos, mas na hora de usar os recursos sujos, os partidos preferem seguir pelo caminho da informalidade desses valores recebidos em espécie, que não são declarados e que se transformam numa espécie de crime não tipificado, e assim segue o jogo.

De onde vem essa grana não declarada?

A grande verdade é que Caixa 2, é a única matemática que não é exata.



*WILSON CARLOS FUÁ
é economista e especialista em Administração Financeira e Recursos Humanos.

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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Carlos Nunes 24/10/2013

Considerando que a corrupção no Brasil ficou explicita e descarada, aparecendo até dinheiro na cueca, na meia; sempre, numa roda de conversa, se discute o seguinte: maus políticos, maus brasileiros, ficam de olho nas verbas federais, estaduais e municipais, arquitetando planos de "como meter a mão no dinheiro". E olha que todo o dinheiro É NOSSO - fruto do nosso trabalho e do pagamento dos impostos. Precisaria criar uma espécie de GPS do dinheiro público, centavo por centavo. E acompanhar toda liberação de verbas, desde as emendas parlamentares, até qualquer envio de verbas. Seria preciso criar o cargo de "controlador financeiro", que viria junto com o dinheiro e teria poder de policia. Jeito para acabar com a corrupção existe; o que falta é a coragem e a audácia necessária. Por isso, atualmente, o melhor candidato a presidente da república em 2014 é o Dr. Joaquim Barbosa; acho que ele reduziria a corrupção no país em mais de 50%, no primeiro mandato; e no segundo mandato, completaria o resto.

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