Quarta-feira, 06 de Agosto de 2025
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png
dolar R$ 5,51
euro R$ 6,38
libra R$ 6,38

00:00:00

image
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png

00:00:00

image
dolar R$ 5,51
euro R$ 6,38
libra R$ 6,38

Artigos Terça-feira, 05 de Agosto de 2025, 13:19 - A | A

facebook instagram twitter youtube whatsapp

Terça-feira, 05 de Agosto de 2025, 13h:19 - A | A

OLIVEIROS MARQUES

Até onde vai a vocação autofágica do Congresso Nacional?

OLIVEIROS MARQUES

Assisti a algumas imagens da bizarra histeria coletiva protagonizada pela bancada bolsonarista no Congresso Nacional. Em cena, parlamentares declarando guerra ao Brasil, ameaçando paralisar as votações e, em última instância, seguir com sua velha prática de chantagem e sabotagem contra o país. E, convenhamos, de sabotagem eles entendem bem. Muitos devem se lembrar do plano de explodir instalações militares no Rio de Janeiro, nos anos 1980 - atribuído ao próprio Jair Bolsonaro.

Entre as votações ameaçadas pela horda chantagista está o projeto que prevê isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil e redução das alíquotas para quem recebe entre R$ 5 mil e R$ 7 mil. Ou seja, mais uma vez, essa gente se coloca contra medidas que beneficiariam justamente a base da pirâmide.

O comportamento vem em um momento delicado para a imagem do Congresso Nacional. Segundo o Datafolha, 78% dos brasileiros acreditam que os parlamentares atuam em causa própria, e 73% enxergam neles defensores dos interesses dos mais ricos. Ou seja, a visão que a população tem do Congresso já está desgastada - e esses parlamentares parecem empenhados em piorá-la. Não dá para acreditar que a maioria dos congressistas - com destaque para o Centrão - vá se submeter a essa vigarice. O Parlamento já cometeu erros graves ao endossar discursos e ações contra a própria legitimidade. E a conta sempre chega: a maioria se estilhaça, enquanto meia dúzia lucra momentaneamente com o achincalhe à política. Até mesmo alguns desses poucos, que vibraram com o caos, hoje amargam o ostracismo.

A racionalidade exige que a maioria dos parlamentares coloque esses extremistas golpistas em seu devido lugar: a sarjeta. Seguir alimentando esse comportamento é um abraço de afogados. É um jogo em que só os já derrotados ganham alguma coisa - e mesmo assim, apenas companhia em sua derrota.

Os parlamentares de centro, de centro-direita - e mesmo boa parte dos de direita - se iludem ao imaginar que conquistarão votos entre os eleitores fanatizados do bolsonarismo. Essa fatia do eleitorado, que se encontra em um movimento de redução, na hora decisiva votará nos que pregam o fim da democracia, a pena de morte, o racismo, a misoginia, a violência contra as mulheres, o estupro, os abusos sexuais contra crianças e adolescentes, e a entrega das riquezas nacionais aos Estados Unidos. Votarão no original, não no genérico.

Permitir - e, ao permitir, estimular - esse comportamento extremista da bancada bolsonarista não trará benefício algum à imensa maioria dos parlamentares que hoje compõem o Congresso e que, em breve, buscarão a reeleição. Ou matam o mal pela raiz agora ou serão tragados pela criatura que ajudaram a alimentar.

(*) OLIVEIROS MARQUES é sociólogo, publicitário e comunicador político.

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.

Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.

Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM  e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.

Comente esta notícia

Algo errado nesta matéria ?

Use este espaço apenas para a comunicação de erros