A inflexibilidade do vereador por Cuiabá, Marcrean Santos (PP), de sair da base do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) e deixar o Progressistas, foi classificada pelo colega de parlamento, Demilson Nogueira (PP), como “birrinha”. Ao HNT, o parlamentar da Câmara Municipal ainda afirmou que Marcrean não contribui com o grupo e disse acreditar que o companheiro de plenário deveria migrar para onde “é bem servido”. Por sua vez, Marcrean disse ser alvo de "perseguição política" e que não enxerga motivos para abandonar o atual partido.
As declarações do político alimentam a discórdia dentro do PP que rompeu e enfrenta um momento interno delicado após o presidente estadual da sigla, deputado Paulo Araújo (PP), exigir que todos migrassem de lado. Marcrean é um dos que resistem para manter o “status” de secretário municipal de Habitação e Regularização Fundiária e seguir na vertente que lhe rende mais vantagens.
“Marcrean está com birrinha. Mas ele deve estar sendo orientado pelo chefe dele”, disse Nogueira. “Ele é secretário e tem o chefe, deve estar recebendo ordem do chefe dele para ficar dando esse chilique aí”, completou Demilson.
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O vereador foi direto e mandou um recado ao quase ex-colega de PP: “É uma decisão tomada e o vereador Marcrean em nada contribui para o partido, não contribuiu com nada. Então, que ele fique no grupo ao qual se serve bem, ele tem que ir embora mesmo”.
Demilson lembrou à reportagem que, na contramão do partido, se antecipou, deixando a base de Emanuel Pinheiro em 2021, ainda no mandato anterior. Para o vereador, a determinação que implica no novo posicionamento do Progressistas é um passo importante para definir seu lugar no contexto político local.
“O partido tomou uma decisão de ruptura total com o Emanuel Pinheiro, aquilo que o vereador Demilson Nogueira já fez em outubro de 2021. Então, lá atrás por não concordar com o rumo da gestão, o vereador Demilson Nogueira se afastou e o partido entendeu agora por essa ruptura, determinando, inclusive, que aqueles que entenderem por permanecer na base do prefeito, devam deixar o partido, o que tem a minha plena concordância”, pontuou o vereador.
MARCREAN REBATEU
Ao HNT, Marcrean afirmou que é alvo de perseguição política e que o posicionamento do presidente Paulo Araújo é pautado em "questões pessoais dele com Emanuel Pinheiro". O vereador também disse que a reunião patrocinada pelo líder do partido na última semana não expressa a opinião da maioria, uma vez que apenas "poucos membros do grupo" foram convidados a participar.
"O Paulo Araújo não tem direito de me expulsar. Estou dentro da legalidade. Não quero deixar a gestão de Emanuel Pinheiro, pois ajudei a construir e quero seguir trabalhando por Cuiabá. O diretório municipal nunca fez uma reunião e decidiram sair da base do prefeito após uma conversa entre duas, três pessoas, com o Paulo Araújo. É preciso convocar uma conversa com todos do partido e não como foi feito", falou o secretário alvo das críticas de Demilson Nogueira.
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