Mayke Toscano/Hipernotícias |
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Governador Silval Barbosa diz qeu não aceita pressões para escolher secretários |
O governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), disse na manhã desta segunda-feira (29) que há alguns ajustes para se fazer no secretariado do Governo, mas não adiantou detalhes. Sobre condução política, diretamente ligada às possíveis mudanças, Silval foi taxativo: “Não cedo a pressão de A ou de B, só mudo quando eu acho que devo mudar”, frisou, adiantando que está acompanhando atentamente o desempenho de cada secretário e que “tem alguns ajustes para se fazer e vamos ver como resolver”.
A resposta do chefe do Executivo foi em relação às possíveis cobranças dos deputados estaduais quanto às mudanças no secretariado do governo, que estariam deixando a desejar.
O encontro mensal de Silval com os parlamentares deve ocorrer nesta terça (30) e entre outros assuntos, constará da pauta a relação entre os dois poderes que, na volta do recesso da Assembleia, esteve acalorado por algumas divergências em torno de greves de servidores, matérias polêmicas enviadas pelo governo (como os vetos às emendas sobre a Ager, por exemplo) e a indefinição sobre a escolha do modal de transporte coletivo para Cuiabá e Várzea Grande.
A gota d’água, entretanto foi à queda do coronel Alexander Maia, indicação do PR à Secretaria de Meio Ambiente (Sema). Por não suportar pressão política (críticas de deputados da Assembleia), Maia pediu para sair e vai ser substituído hoje, às 17 horas, pelo ruralista Vicente Falcão, que vinha respondendo como um dos adjuntos da Sema. A solenidade de posse será no salão Garcia Neto, no Palácio Paiaguás.
Outra insatisfação explícita de parte dos deputados estaduais é quanto ao secretário de Transportes do governo. O presidente da Assembleia, por exemplo, José Riva, chegou a arriscar que “caso não haja uma ação urgente da Secretaria a maioria dos municípios de Mato Grosso vai ficar isolado no fim do ano, quando chegar o período chuvoso”.
Além disso, o secretário Arnaldo Alves, que também é indicação do PR (e assim como Maia, remanescente da chamada Turma da Botina, capitaneada pelo ex-governador e atual senador Blairo Maggi) estaria “falhando” na relação direta com a Assembleia.
“Às vezes tem demanda dos deputados e eu sempre digo a eles, olha primeiro vou levar ao governador, até porque tem um planejamento a ser feito e eu não tenho de onde tirar, para se incluir uma obra eu tenho que cancelar alguma coisa e meu acordo com o governador Silval foi que todas as demandas seriam discutidas com ele pessoalmente e é o que eu tenho feito”, disse o secretário Arnaldo, admitindo que possui um perfil mais técnico do que político, mas que não tem deixado de dialogar com os deputados da Assembleia. “Agora, eu sou só um e não é possível atender a todos ao mesmo tempo”, emendou.
Arnaldo também afirmou que respeita o prognóstico do deputado Riva, de que as estradas estarão intrafegáveis ao fim do ano.
“Eu digo que estamos trabalhando e estamos fazendo de tudo para que essa previsão do deputado não se confirme”, apontou o secretário, que ainda disse que não passou se passou nenhum desafio desses, mas se diz otimista, apesar de se tratar de mais de 24 mil quilômetros de rodovias sem pavimentação em todo o Estado.
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