A secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, em reunião que tratou sobre ações integradas de combate ao desmatamento ilegal e incêndios florestais na manhã desta quinta-feira (12), pediu atuação mais efetiva do Ministério do Ambiente no que diz respeito à divulgação do que é considerado desmatamento legal e ilícito.
Ainda de acordo com a secretária, o percentual considerado de desmatamento ilegal em Mato Grosso é algo em torno de 62%. Contudo, Lazzaretti reforçou que em toda semana, a Pasta realiza fiscalizações, além de frisar que o Estado é um dos que mais fiscaliza e, por isso, cobrou do governo federal mais participação no combate aos desmatamentos ilegais.
Em março, o Instituto Centro de Vida (ICV) divulgou nota técnica feita com base em mapeamentos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que apontou que 10 municípios das regiões centro-sul e nordeste de Mato Grosso concentraram 42% do desmatamento do Cerrado entre agosto de 2020 e julho de 2021.
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Já o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), em levantamento divulgado também em março, mostra Mato Grosso liderando o ranking de desmatamento da Amazônia pelo terceiro mês consecutivo.
“O programa de combate ao desmatamento ilegal de incêndios florestais tem uma série de ações previstas além do monitoramento, ações de fiscalização e uma coisa que nós temos pedido ao Ministério do Meio Ambiente e também aos órgãos que divulgam os dados é que na divulgação seja considerado o que é desmatamento legal e ilegal. Vocês podem ver que em todas as matérias Mato Grosso é colocado como maior desmatador, mas não existe uma distinção do que é desmatamento lícito e ilícito, isso é importante”, explicou a gestora na manhã desta quinta-feira.
“Principalmente, porque os nossos dados mostram que hoje 38% do desmatamento é legal, ou seja, ele é feito dentro das regras do Código Florestal com autorização do órgão ambiental”, reforçou.
“Reconhecido por diversas entidades como o estado brasileiro que mais fiscaliza, que mais tem transparência na divulgação dos órgãos ambientais, dessas atuações, tanto no que diz respeito ao que é lícito quanto o ilícito. Nós temos feito todo o esforço. Agora, é necessário também que o governo federal incremente essas ações. Isso foi tema da pauta de hoje com a Secretaria da Amazônia Legal. Porque muitos desses desmatamentos ocorrem em áreas federais, áreas da União. E o nosso objetivo é ampliar também a participação do federal nesse combate”, finalizou.
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