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Política Terça-feira, 09 de Agosto de 2022, 14:09 - A | A

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Terça-feira, 09 de Agosto de 2022, 14h:09 - A | A

PROCESSO DE CASSAÇÃO

Paccola desiste de licença e vai apresentar defesa à Comissão de Ética em um mês

No início de julho, em uma confusão em Cuiabá, Marcos Paccola alvejou o agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, que acabou morrendo

RAYNNA NICOLAS
Da Redação

O vereador Marcos Paccola (Republicanos) desistiu do pedido de licença de 31 dias, conforme comunicado na sessão plenária da Câmara de Vereadores de Cuiabá, nesta terça-feira (9). O presidente da Casa, Juca do Guaraná, MDB, elogiou a decisão. Nesta terça, Paccola também foi notificado pela Comissão de Ética a apresentar sua defesa perante o processo de cassação que enfrenta. 

"Permita-me dizer, agindo dessa maneira, é a forma mais coerente porque sabendo que o senhor acabou de ser notificado pelo presidente da Comissão de Ética para que o senhor possa fazer sua defesa estando nessa casa. Como eu tenho dito, nós vamos respeitar o código de ética, o regimento interno dessa casa e acima de tudo, respeitar a população cuiabana", afirmou Juca. 

Paccola enfrenta um processo de cassação por quebra de decoro parlamentar que teve origem em um pedido da vereadora Edna Sampaio, do PT. No início de julho, em uma confusão em Cuiabá, Marcos Paccola alvejou o agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, que acabou morrendo. O vereador foi denunciado por homicídio qualificado. 

LEIA MAIS: Ministério Público denuncia Paccola por matar agente socioeducativo com tiros pelas costas

Edna chegou a pedir o afastamento de Paccola, que foi rejeitado pela maioria dos vereadores em votação plenária. Posteriormente, Paccola pediu licença sob a justificativa de que se dedicaria à campanha a deputado estadual, que foi mantida pelo Republicanos mesmo com toda a polêmica envolvendo a morte do agente. O pedido, por outro lado, sequer entrou em votação, já que Paccola desistiu da licença. 

No âmbito da Comissão de Ética da Câmara, presidida pelo vereador Lilo Pinheiro (PDT), Paccola tem o prazo de cinco semanas para apresentar sua defesa, contando a partir da sessão desta terça. A Comissão deve entregar o relatório final sobre o caso dentro do prazo de 90 dias. 

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