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Política Sexta-feira, 15 de Julho de 2016, 16:31 - A | A

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Sexta-feira, 15 de Julho de 2016, 16h:31 - A | A

"AULAS JÁ"

Movimento “aulas já” busca apoio para o fim da greve na educação

REDAÇÃO

Um grupo formado por mães, alunos e professores convidou o deputado Wilson Santos (PSDB) e o secretário de Educação, Marco Marrafon, para discutir formas de finalizar a greve dos professores e funcionários da rede estadual, que estão paralisados desde o dia 31 de maio. A reunião do “Aulas Já”, aconteceu nesta quinta-feira (14), no bairro Ipase, em Várzea Grande.

 

Ronaldo Mazza/ALMT

movimento aulas ja

 

O “Aulas Já” possui representantes das escolas estaduais Elmaz Gattas, Irene Gomes de Campos, Dom Bosco e Ensino Especial Luz do Saber, todas localizadas em Várzea Grande.

 

Reni Camiloti Junqueira, mãe da Mariana Camiloti Junqueira, aluna da Escola Estadual Elmaz Gattas Monteiro, afirmou que Mato Grosso passa por um momento crítico, devido a greve dos profissionais da Educação. E para que isso chegue ao fim, conforme Reni, é necessário que os pais dos estudantes se unam, em forma de manifestação.

 

“Queremos o final dessa greve. Não aceito vinte alunos fechar uma escola que tem mil estudantes. Por isso, marcamos essa reunião hoje, para pedir ajuda para o deputado e o secretário, pois não está certo essas crianças ficarem todo esse tempo sem aula”, disse Reni.

 

“A escola da minha filha foi a primeira a ser ocupada, isso já tem 50 dias. O que vai ser do futuro desses alunos? Cada um tem que brigar pelos seus direitos, tudo bem, mas tem que ver que os alunos não podem perder o ano letivo. Eu e outras mães estamos preocupadas com essa situação”, completou.

 

“Queremos aula, é muito tempo sem estudar. A gente vai na escola e ninguém explica nada. As pessoas que invadiram falam só o ponto de vista deles, mas o nosso grupo sabe que não é verdade”, destaca Mariana.

 

Durante o encontro, o deputado Wilson Santos destacou que o governo do Estado reconhece a greve dos profissionais, entretanto os professores deveriam encontrar outras maneiras de protestar.

 

“O governo reconhece a greve, mas tudo tem um limite. Estamos passando por uma crise. Das 32 categorias, 30 já voltaram ao trabalho, só as categorias da Educação insistem. Os professores precisam arrumar outra forma de protestar, o Enem é daqui há alguns dias, isso não é justo com os alunos”, salientou o parlamentar.

 

A reunião contou também com a presença do secretário de Educação, Marco Marrafon, que afirmou que a classe foi atendida no que foi possível e, por isso, já não há motivos para a continuação da greve.

 

“Se havia uma pauta colocada há 40 dias, praticamente toda ela foi atendida. Fizemos as concessões que foram demandadas, mas uma negociação pressupõe mão dupla”, pontuou.

Marrafon lembrou que os servidores da Educação receberam o aumento de 7% na folha de maio, conforme prevê a Lei Complementar 510/2013. Já em relação a Reposição Geral Anual (RGA), um dos itens reivindicados pelo sindicato, foi garantido o pagamento de 7,53%.

 

“Só isso totaliza uma garantia de melhoria na remuneração de 14,53%, sendo que a demanda maior é de 18,28%”, explicou Marrafon, que também respondeu questões envolvendo Parcerias Público-Privadas (PPPs).

 

O encontro contou com a participação de aproximadamente 50 pessoas. Uma nova reunião, solicitada pelo grupo, deve acontecer já na próxima semana.

 

“Estou bem satisfeita, hoje esclareceram muitas dúvidas que eu tinha. Achei ótimo. Acredito que com esse movimento a gente consiga chegar em um consenso e os alunos possam voltar às aulas”, declarou Maria Garcia, avó de uma aluna da escola Elmaz Gattas.

 

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