A insistência do presidente do União Brasil, Luciano Bivar, em manter pré-candidatura ao Planalto é vista pela imprensa especializada como barganha em troca de apoio em um eventual segundo turno entre Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL). Para o senador mato-grossense Jayme Campos, a candidatura dele nasce totalmente inviabilizada e num momento polarizado. Contudo, avalia inteligente o partido lançar candidatura própria agora, colocando que, assim, a agremiação não se compromete no 2° turno com nenhum dos primeiros colocados.
“Eu acho muito interessante, porque não emergiu candidatura própria no primeiro turno. Aí, nesse caso, o partido não coligaria nem com Lula e nem Bolsonaro. No segundo turno, o partido liberaria todas as bases para apoiar aquele que bem entender. Para ser bem honesto, partido nacional não vai segurar as bases. Eu acho inteligente essa sacada dele, assim, o partido não se compromete no segundo turno com nenhum desses candidatos”, avaliou Jayme, nesta quinta-feira (2), ponderando que Bivar não tem projeto com musculatura para sustentar terceira via viável.
Segundo Jayme, informações internas da agremiação apontam que Bivar vai liberar apoio ainda no primeiro turno. Lembrou que no país, o União Brasil dispõe de seis candidaturas ao governo, podendo contar com candidatura de reeleição de Mauro Mendes, que já declarou apoio a Jair Bolsonaro.
“Nós temos seis candidatos a governador no Brasil e todos com chances reais de ganhar eleição, entre eles Mauro Mendes aqui. Já tenho informações que ele não vai trazer nenhum problema de ordem de coligações partidárias para não prejudicar as coligações que já estão bem encaminhadas em vários estados da federação. O bom senso tem que prevalecer, até porque a candidatura dele está surgindo agora, carro está andando faz horas. Se ele tivesse se manifestado lá atrás, aí sim dentro de uma composição, com uma bela conversa, bom entendimento, tornaria muito difícil aqui qualquer composição”, finalizou.
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