No evento, que lotou o auditório, Cristiane expôs dados que comprovam que o atentado ao pudor em locais de trabalho é mais comum e corriqueiro do que se imagina. Segundo ela, 80% dos que praticam a violência são mulheres e na condição de chefe. Ainda conforme a palestrante, a afronta está sujeita a penalidades previstas na Legislação.
“Infelizmente a queixa maior das denunciantes são abusos por parte das mulheres com atitudes como perseguição e tentativas de denegrir a imagem do profissional. O ambiente em que há assédio não é propício para exercer um trabalho digno, não proporciona condições da pessoa desenvolver até mesmo um serviço de qualidade”, esclareceu.
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Ela completou, ainda, que para os/as chefes o que se recomenda perante uma situação conflituosa são atitudes reservadas e tratamento individual para cada subordinado. “É dever de toda pessoa que está na condição de chefia a fala reservada e com local adequado para tratar o assunto. Entre os erros graves, estão gritar ou tentar diminuir a pessoa”, completou.
Já Carla Reita argumentou que em alguns casos que já teve conhecimento o abuso foi tão grande ao ponto de levar o profissional a questionar a atuação– sem a devida necessidade – o que culminou em baixa autoestima e até mesmo a doenças psicológicas.
“O trabalhador já vai para o local de trabalho, seja em empresa privada ou não, com o psíquico abalado. Nos Estados Unidos é o que se chama de Bullyng, na Espanha coerção moral, mas no Brasil isso tem vários nomes; assédio moral, molestamento, entre outras diversas nomenclaturas”, disse.
“Já ocorreu de pessoas se aposentarem e pensarem que o praticante tem razão, que sua atuação e desempenho profissional não é bom. Tal exposição pode ocorrer de várias formas, agressividade, papel vexatório, ou tentar fazer com que a pessoa se sinta diminuída”, esclareceu.
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Por mais que a palestra fosse direcionada aos servidores públicos, as palestrantes fizeram questão de citar outros exemplos que confirmam a mesma situação. Inclusive, entre professor e aluno, cujas ações são desrespeitosas e passíveis de processos. Nestes casos, a pena pode chegar a advertência, demissão por justa causa e até mesmo ser direcionado para a esfera judicial.
Os esclarecimentos feitos na tarde de hoje fazem parte do evento “Março Sempre Mulher” promovido pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Trabalho e Assistência Social (Setas).
A programação vai até a sexta-feira (28) da próxima semana, data em que a Conselheira da Business Professional Women (BPW –Brasil), Sueli Batista, irá conceder palestra com o tema “Empreendedorismo Feminino – Desafios e Conquistas” às 19, na Associação Mato-Grossense dos Municípios (AMM).
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