Para o deputado estadual Eduardo Botelho, uma das principais lideranças do União Brasil em Mato Grosso, possível dobradinha entre Mauro Mendes e Jair Bolsonaro (PL) não significa dizer que o União também vai caminhar com senador Wellington Fagundes (PL), que constrói projeto à reeleição.
Acontece que, na última sexta-feira (29), o presidente Bolsonaro declarou apoio partidário ao correligionário Wellington, durante entrevista à Rádio Metrópoles, de Cuiabá. Na mesma ocasião, Bolsonaro declarou estar 100% fechado com Mauro Mendes sinalizando uma aliança com o gestor mato-grossense.
Na análise de Botelho, a demonstração pública de aproximação com Bolsonaro é excelente para o Estado, mas, quando questionado sobre apoio à senatoria, o presidente da Assembleia Legislativa pontuou que são assuntos que vão para além das quatro linhas desse jogo de construção.
“Acho que uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Nós temos que construir isso ainda. No União, que é o partido do governo, isso ainda não foi definido”, começou.
Assim, Botelho também dá a entender que um possível apoio a Neri Geller (PP) ainda não está descartado. “Tudo é possível”, resumiu.
Sobre apoiar a pré-candidatura de Bolsonaro, Botelho também informou que não há nada definido nesse sentido. Dado que o presidente do União, Luciano Bivar, já se colocou à disposição para ser o possível nome da terceira via.
“Ele (Bolsonaro) sabe que o governo está sendo colocado como uma das melhores administrações do país. Tenho certeza que antes de ele tomar essa decisão, ele avaliou bem, pesquisou, viu que existe uma afinidade de administração e que o Mauro está bem avaliado".
“Isso (apoio do União a Bolsonaro) é outra questão. Nós temos que aguardar... Se o Partido tiver um candidato, nós temos que cumprir aqui dentro do Estado. Nós não temos como apoiar outro candidato a não ser o candidato do partido. O que está sinalizando é isso, mas se seu partido resolver lançar um candidato, nós não podemos fazer uma coligação apoiando Bolsonaro “, finalizou.
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