A Comissão de Ética da Câmara de Cuiabá aprovou, no final da tarde desta terça-feira (6), a abertura de comissão processante contra o vereador Marcrean Santos (MDB) acusado de invadir Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Municipal de Cuiabá (HMC).
O presidente do grupo de trabalho Rodrigo Arruda e Sá (PSDB) disse que o vereador será notificado sobre a instauração do procedimento disciplinar e na próxima reunião será definido o calendário de oitivas das testemunhas de defesa e acusação. Caso seja condenado por quebra de decoro parlamentar, Marcrean será cassado e ficará impedido de concorrer à reeleição em outubro.
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O vereador foi denunciado pelo médico intensivista Marcus Vinícius de Oliveira. Os dois se desentenderam durante uma visita de Marcrean ao HMC. Conforme o médico, o vereador invadiu a UTI do hospital afirmando que estava fiscalizando o atendimento prestado a uma conhecida. A conduta, segundo Marcus Vinícius, teria constrangido pacientes que estavam nus, se preparando para tomar banho. Além disso, o médico apontou que Marcrean o acusou de estar dormindo no horário de serviço.
O médico formalizou uma denúncia contra o vereador. O Conselho Regional de Medicicina (CRM-MT) aderiu ao movimento e um representante da entidade foi até à Câmara para reunião com o presidente Chico 2000 (PL). Na ocasião, o Conselho protocolou uma reclamação contra Marcrean, criticando sua postura de, suspostamente, "forçar a entrada" no setor do HMC, apontando que o vereador faltou com decoro. O documento é assinado pelo conselheiro efetivo do CRM-MT, Diogo Leite Sampaio.
Os vereadores Rogério Varanda (PSDB), ex-companheiro de partido de Marcrean, e o Dr. Luiz Fernando (União Brasil) também registraram denúncias à Comissão de Ética. Porém, nenhuma foi aprovada pela Procuradoria. No caso do processo representado pelo gabinete de Varanda, Rodrigo Arruda explicou que "não foram cumpridos os requisitos de admissibilidade". Já, referente a denúncia de Luiz Fernando, a Procuradoria do Legislativo recomendou o arquivamento por possuir o mesmo objeto da apresentada pelo CRM, acolhida sem nenhum voto contrário.
À exemplo do ocorrido com a vereadora cassada, Edna Sampaio (PT), a comissão processante terá 90 dias para concluir seus trabalhos.
"Iremos dar início no trabalho a partir de agora. Iremos marcar uma reunião para formatar os ofícios de convites das oitivas. Na próxima reunião, iremos deliberar. Essa comissão terá 90 dias para apurar os fatos ocorridos dentro do proceso", explicou Rodrigo Arruda.
Participaram da reunião, o presidente da Comissão de Ética e Renivaldo Nascimento (PSDB). Wilson Kero Kero (PMB) faltou, mas foi justificado pelo presidente. Segundo ele, Kero Kero saiu pois tinha um "compromisso de urgência".
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