A polícia investiga um caso de extorsão contra a família Baracat, do prefeito de Várzea Grande, Kalil Baracat. A advogada Leidiane Rezende Galvão é acusada de ter se aproveitado da fragilidade de uma tia de Kalil, Eveline Carla Baracat de Arruda, que é ex-dependente química, para prometer serviços advocatícios em uma ação de inventário e, com isso, teria exigido R$ 2 milhões da família. O caso foi levado ao conhecimento das autoridades pelo tio do prefeito, o colunista social Fernando Baracat de Arruda.
A tentativa de extorsão teria ocorrido na semana passada, há 15 dias das eleições municipais. Eveline afirmou que recentemente a advogada passou a frequentar a mesma igreja que ela e se aproximou oferecendo ajuda, inclusive financeira. Depois, prometeu que iria ajudá-la a receber parte da herança da mãe, Sarita Baracat. No entanto, depois que conseguiu a assinatura do contrato, Leidiane teria passado a pressionar Eveline dizendo que a única forma de ganhar o dinheiro era expondo um vídeo com acusações à família.
"Ela mandou um carro me buscar e me levou sozinha num escritório chique. Lá, eu assinei um papel porque ela falou que ia me ajudar a receber a herança de minha mãe. Mas depois começou uma conversa de que o jeito de conseguir era divulgar o vídeo que mostrava a minha situação financeira, e eu sabia que isso ia prejudicar Kalil, por isso não aceitei. Mas ela insistiu, que queria colocar na imprensa, e disse que tinha amigos na oposição e que podia passar esse vídeo para ele", relatou Leidiane.
Conforme boletim de ocorrência registrado por Fernando Baracat, depois da assinatura do contrato também surgiu a "proposta" para que Kalil - que não é o responsável pelo processo de inventário - pagasse R$ 2 milhões para encerrar o caso. Segundo a denúncia, o fato do valor ter sido requisitado ao prefeito, que embora não seja o inventariante, é pessoa pública e concorre à reeleição, evidencia as intenções da advogada e a prática de extorsão.
Num vídeo anexado à denúncia, Leidiane aparece pedindo a quantia milionária e argumentando que, na Justiça, não haveria solução.
"O que a gente tá pedindo como proposta, de dois milhões, isso daqui não é nem 1%, mas eu sei que isso daqui na justiça não vai resolver, então por isso a gente quer essa solução, a gente quer isso, porque eu sei que na justiça não resolve", fala a advogada.
Dois dias depois que o caso foi levado ao conhecimento da polícia, adversários do prefeito Kalil Baracat passaram a se valer do vídeo gravado pela advogada para tentar atingi-lo. Um auto de investigação preliminar foi aberto para apurar o caso.
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.