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José Carlos do Pátio (d) passou a ser estigmatizado dentro do PMDB depois de ter apoiado o tucano Wilson Santos ao governo do Estado, em 2010 |
A candidatura do prefeito José Carlos do Pátio (PMDB) à reeleição em Rondonópolis (220 km de Cuiabá) não conta com a anuência nem do cacique Carlos Bezerra, deputado federal e eterno presidente do partido no Estado.
“Não tem candidatura definida ainda, um fórum intrapartidário que faremos em novembro é que vai apontar isso”, argumentou Bezerra, negando que Pátio seja o candidato natural da sigla, por já estar exercendo o cargo.
A falta de sintonia entre o prefeito e o cacique do PMDB perdura desde o processo eleitoral de 2010, quando Pátio deixou de apoiar a candidatura peemedebista do governador Silval Barbosa, para dar respaldo ao tucano Wilson Santos, um dos adversários de Silval ao Palácio Paiaguás.
Embora se esforce, nem mesmo o governador demonstra certeza quanto à candidatura de Pátio em 2012, apesar de admitir o esforço dispensado pelo prefeito em viabilizar a cada dia sua administração.
“Ele (Pátio) tem trabalhado muito e por isso pode estar em evidência em relação aos outros candidatos, mas como eu vou me inserir e como vou trabalhar só definirei no ano que vem”, ponderou o governador.
Essa reticência, na avaliação de Pátio, tem uma explicação: são os desgastes decorrentes das eleições passadas, o que teria “contaminado” alguns setores da sociedade, já que o prefeito em alguns momentos ao defender as causas inseridas naquela pleito, radicalizou, como ele próprio admite, e agora tem de rever suas atitudes.
Essa radiografia o prefeito já tem, e diz que pesquisas internas mostram que a administração dele está bem avaliada, nos principais setores da gestão, mas o mesmo não ocorre com a figura do gestor, justamente devido às complexidades eleitorais do pleito passado.
“Eu estou tentando mudar gradativamente os conceitos que alguns setores têm de mim qualquer resultado de pesquisa, a responsabilidade por fazer as mudanças é minha mesmo, a disputa da minha última eleição foi muito acirrada e traumática”, disse.
Quanto ao “cacique” Carlos Bezerra , Zé Pátio alega não ter nenhum problema de relacionamento e que o dirigente que, ao contrário do que tem demonstrado, especialmente nas entrevistas concedidas à imprensa “tem procurado construir a unidade da família PMDB”.
Diante dessa necessidade de atrair os apoios de Bezerra e especialmente de Silval, mais do que solícito, Zé do Pátio aproveitou para voltar com o governador na comitiva que saiu de Rondonópolis para percorrer a chamada Rota da Integração ou Rodovia Verde, que liga aquele município à Capital do Estado. Entretanto ao longo dos mais de 160 quilômetros de percurso, o prefeito e o governador pouco conversaram, já que no carro número 1, dirigido por Silval, já estavam Bezerra, e outros dois deputados federais, Wellinton Fagundes (PR) e João Maia (PR- RN), presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara dos deputados e que esteve em Mato Grosso nesse fim de semana a convite de Fagundes.
Mesmo assim, o prefeito de Rondonópolis seguiu o comboio oficial até Mimoso (distrito de Santo Antônio de Leverger).
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