A morte da adolescente Isabeli Guimarães Ramos, 14 anos, por um tiro no condomínio Alphaville, no último domingo, será investigada pela Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica) e pela Delegacia Especializada do Adolescente (Dea). A informação foi confirmada pela Polícia Civil no início da tarde desta quarta-feira (15).
Alan Cosme/HiperNoticias
A Deddica investigará uma suposta participação do empresário Marcelo Martins Cestari, 46 anos, na morte de Isabeli
Anteriormente, o caso estava sendo investigado pelo delegado Olímpio da Cunha Fernandes da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A unidade é a responsável por investigar homicídios dolosos contra a vida na região Metropolitana.
Olímpio foi a autoridade policial que liberou o corpo de Isabeli que foi morta, no último domingo (12), vítima de um tiro que atingiu a sua cabeça. O delegado foi também o autor da prisão em flagrante do empresário Marcelo Martins Cestari, 46 anos, por posse ilegal de arma de fogo. Ele é pai da adolescente que teria feito o disparo, supostamente, acidental.
O delegado ouviu por mais de sete horas Marcelo e sua filha, na DHPP, durante oitiva na tarde de terça-feira (14). Após as análises dos fatos, as investigações da morte de Isabeli foram encaminhadas à Deddica e à DEA.
De acordo com a Polícia Civil, a DEA apura crimes que são cometidos por adolescentes ou crianças contra pessoas dessa mesma idade. Diante dessa hipótese, a unidade ficará a cargo para apurar a conduta da adolescente, autora do tiro, no crime.
Já a Deddica, que apura crimes cometidos por adultos contra crianças e adolescentes, investigará uma suposta participação de Marcelo na morte de Isabeli.
Das armas
Já as investigações referentes às armas encontradas na casa ficarão a cargo da 2ª Delegacia de Polícia, localizada no bairro Planalto, em Cuiabá. De acordo com a DHPP, no dia do crime, foram encontradas sete armas na casa, sendo que no momento da autuação, duas não estavam com o registro.
Diante disso, Marcelo foi preso, mas pagou uma fiança de R$ 1 mil, arbitrada por Olímpio, e foi colocado em liberdade provisória.
No entanto, a defesa da família da vítima, patrocinada pelo advogado Helio Nishiyama, entrou com um pedido na Justiça para que o valor do abono fosse aumentado para R$ 1 milhão.
No pedido, Nishiyama afirmou que o valor atribuído pelo delegado como fiança é "ínfimo" perto da gravidade do que ocorreu. Além disso, sustentou que Marcelo mora no condomínio mais luxuoso de Cuiabá e possui diversos carros de luxo.
Depois do pedido da defesa, o juiz da 10ª Criminal de Cuiabá, João Bosco Soares da Silva, determinou o aumento da fiança e o empresário terá de pagar o equivalente a 200 salários mínimos, o mesmo que R$ 209 mil, por ter cometido, em tese, crime de posse ilegal de arma de fogo.
LEIA MAIS: Promotor pede para que fiança de empresário suba para R$ 104 mil
O valor é o dobro do proposto pelo promotor titular da 12ª promotoria de Justiça Criminal, Marcos Regenold Fernandes. De acordo com o parecer, o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) defendeu que o empresário teria de pagar o valor de R$ 104,5 mil.
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Critico 15/07/2020
Que SUPOSTA ????? HOMICÍDIO DOLOSO PURO
Critico 15/07/2020
Tá VERGONHOSA a manobra da delegacia em favor do pai da ASSASSINA Houve uma vida ceifada. Obviamente a delegacia responsável é a DHPP. CHEGAAAAAA.
2 comentários