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Mundo Segunda-feira, 20 de Agosto de 2012, 08:33 - A | A

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Segunda-feira, 20 de Agosto de 2012, 08h:33 - A | A

VIOLÊNCIA

Na Colômbia, governo promete indenizar até dezembro 170 mil agricultores vítimas de violência

Muitos agricultores se sentem pressionados a abandonar suas terras devido à ação dos grupos guerrilheiros e dos narcotraficantes que querem usar as áreas para plantio ilegal

AGÊNCIA BRASIL

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, disse que de janeiro a julho deste ano mais de 55 mil vítimas da violência no país receberam indenizações. Segundo ele, a meta é atender a mais 115 mil pessoas, totalizando 170 mil apenas neste ano. Santos se refere especificamente às vítimas do campo que são enquadradas na Lei de Vítimas e Restituição de Terras.

Na Colômbia, muitos agricultores se sentem pressionados a abandonar suas terras devido à ação dos grupos guerrilheiros e dos narcotraficantes que querem usar as áreas para plantio ilegal.

"O processo envolve muito mais do que apenas a reparação, por isso é bom lembrar que foi aberto em Bogotá o primeiro Centro Regional de Atenção às Vítimas, que há 63 pontos de atendimento em nível nacional e também há um sistema de ligação gratuita [para denúncias]”, disse o presidente, de acordo com informações da Presidência da República da Colômbia.

Segundo Santos, as indenizações também serão pagas para os agricultores expropriados de suas terras. De acordo com com ele, o governo recebeu mais de 18,5 mil pedidos referentes às terras abandonadas, que correspondem a 1,5 milhão de hectares em todo o país.

Santos disse ainda que está empenhado em garantir um “futuro de paz, progresso e igualdade para a Colômbia”. "Um país ferido, como o nosso, por tanto anos e décadas de violência sem sentido, de espancamentos entre irmãos, tem de percorrer o caminho da reconciliação e do reconhecimento para a compensação de suas vítimas. É uma obrigação moral e uma necessidade que o nosso governo prometeu encontrar", acrescentou.

Pela legislação colombiana, o governo terá até dez anos para atender a todas as vítimas que pedem reparação. O presidente disse que o prazo é possível. Segundo ele, a prioridade é atender aos pedidos que aguardavam resposta do governo, com base na antiga lei, incluindo as pessoas com deficiência, as mães solteiras com filhos dependentes e idosos.

 

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