Os manifestantes pedem justiça e mais segurança para as mulheres indianas.
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Em Nova Déli, os protestos já duram dias. Neste sábado, eles foram concentrados em Jantar Mantar, depois de as forças de segurança terem bloqueado o acesso ao monumento Porta da Índia, palco dos protestos nos dias anteriores. Centenas de pessoas se reuniram, a maioria com velas ou cartazes nas mãos.
Também na capital, um grupo de universitários realizou uma marcha pacífica, no sul, até o ponto de ônibus em que a jovem foi abandonada, junto de um amigo, pelos criminosos. "Nós estamos tristes, mas também estamos cansados. Quando vão parar essas atrocidades? Por acaso as mulheres não são humanas?", disse a universitária Nidhi à agência de notícias indiana Ians.
Saurabh Das/Associated Press |
Após morte de vítima de estupro coletivo, homens protestam pela proteção das mulheres, em Nova Déli |
Locais como a casa do presidente e os ministérios amanheceram sob forte esquema de segurança. Dez estações de metrô foram fechadas, bem como algumas estradas.
Diferentes autoridades, lideradas pelo premiê Manmohan Singh, declararam neste sábado que a morte da jovem não será em vão.
O crime aconteceu no último dia 16. A estudante e um amigo seguiam para casa em um ônibus, depois de irem ao cinema, quando foram abordados pelos criminosos. Os dois foram espancados, e a garota foi estuprada pelos criminosos e violentada com uma barra de ferro durante 40 minutos. Depois, as duas vítimas foram despidas e jogadas do ônibus em movimento.
Em dez dias de internação na Índia, a jovem --que nunca teve a identidade revelada-- passou por três cirurgias. Na quarta (27), ela foi transferida, com um avião fretado pelo governo indiano, ao hospital Mount Elizabeth, de Cingapura, especializado em transplantes de múltiplos órgãos. Em nota, o hospital informou que a jovem morreu "pacificamente", ao lado dos familiares.
No ataque, ela sofreu lesões cerebrais graves que levaram à falência múltipla dos órgãos.
REPRESSÃO
O governo indiano deve passar a publicar nomes, fotos e endereços de homens condenados por estupro para envergonhá-los publicamente em uma nova campanha para tentar conter este tipo de crime, informou o vice-ministro do Interior, Ratanjit Pratap Narain Singh.
"Nós estamos planejando começar [a campanha] em Déli", disse Singh horas após o primeiro-ministro Manmohan Singh ter declarado que as mulheres estavam sendo tratadas de forma injusta na Índia.
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