Carla Fernanda Toloi e Anderson Fabiano Pereira foram julgados pelo Tribunal do Júri em Várzea Grande. Carla foi condenada a 25 anos, 11 meses e seis dias de reclusão, enquanto Anderson recebeu uma sentença de 20 anos, quatro meses e 20 dias de prisão.
À época do crime, Carla mantinha relações extraconjugais com Anderson, apesar do casamento com o advogado e servidor público Edson Vicente da Costa. Conforme as investigações, os dois agiram juntos para matar a vítima.
Segundo o delegado responsável pelas investigações, Adil Pinheiro de Paul, um dos fatores que chamou a atenção para a participação de Carla no crime foi a sua pressa em acessar os bens do marido. Os únicos dois interessados na morte da vítima foram justamente os réus.
Além disso, nos autos consta que pouco antes da execução de Edson, Carla se preocupou em regularizar a situação do plano funerário familiar.
O juiz Jorge Alexandre Martins Ferreira determinou que sejam mantidas as prisões preventivas de Carla e Anderson e negou o apelo de recorrer em liberdade.
“Por todas essas razões, MANTENHO a prisão preventiva dos réus CARLA FERNANDA TOLOI FERREIRA e ANDERSON FABIANO PEREIRA, por conseguinte, nego-lhes o apelo em liberdade”, determinou o magistrado.
O CASO
No dia do crime, o Edson Vicente da Costa retornava de um evento político, em sua motocicleta Honda Bros, quando foi abordado na garagem de casa por um homem armado, que efetuou vários disparos de arma de fogo, o atingindo nos braços, tórax e cabeça. As investigações demonstraram que não foi um roubo e sim uma execução.
O autor dos disparos fugiu com a motocicleta da vítima. Logo após o fato, a esposa de Edson foi chamada ao local por vizinhos e encontrou a vítima caída na garagem, que chegou a ser socorrida, porém, não resistiu aos ferimentos.
As equipes da Polícia Civil iniciaram as diligências para identificar os autores do crime. Durante as investigações foram ouvidas diversas testemunhas que apontaram que a vítima não tinha inimigos, contudo, mantinha um relacionamento conturbado com a esposa.
Os investigadores apuraram que o casal tinha problemas matrimoniais, mas não tinham a intenção de se separar para evitar a partilha de bens. A vítima teria contraído dívidas para comprar o carro e a casa e a esposa estava mantendo um caso extraconjugal e queria que o marido deixasse a residência.