O desembargador Paulo da Cunha, da Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, negou, nesta sexta-feira (30), o pedido de habeas corpus impetrado em favor do empresário Paulo Witer Farias Paelo, o “WT”, que está preso preventivamente desde abril de 2024 na Penitenciária Central do Estado (PCE).
Ele é acusado de lavar mais de R$ 65 milhões proveniente de tráfico de drogas e outras atividades ilícitas para o Comando Vermelho (CV), esquema que foi desmantelado pela "Operação Apito Final".
A defesa, representada pelo advogado Augusto Cesar Mendes Araujo, argumentou que os motivos apresentados para justificar a prisão preventiva não são adequados e que outros coacusados já obtiveram liberdade provisória, tanto na comarca de origem quanto no Tribunal de Justiça de Mato Grosso. Diante disso, solicitou que a prisão preventiva fosse substituída por outras medidas cautelares, que permitiriam ao acusado responder ao processo em liberdade.
“Assim, a princípio, é idônea a decretação da prisão preventiva para obstar a continuidade das atividades de suposta organização criminosa, sendo certo que a contemporaneidade da medida é mitigada nessa espécie delitiva, ante a sua característica de delito permanente”, destacou Cunha.
No entanto, o magistrado decidiu manter a prisão preventiva, justificando a necessidade de garantir a ordem pública e a continuidade das investigações, ainda mais levando em consideração o fato de ele ser líder no CV.
“Como tenho reiteradamente consignado, ao impor a prisão preventiva ao paciente, o juízo singular apontou a necessidade de resguardar a ordem pública, com base em premissas que não são manifestamente ilegais, especialmente quanto à gravidade concreta da conduta e à reiteração da conduta”, destacou o desembargador.
OPERAÇÃO APITO FINAL
Durante uma investigação de quase dois anos, a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) comprovou o funcionamento da quadrilha e a liderança de WT. Ele foi preso durante um jogo de futebol em Maceió (AL), fato que inspirou o nome da operação.
A operação foi deflagrada em 2 de abril, cumprindo 54 ordens judiciais e resultando na prisão de 20 pessoas.
O esquema movimentou R$ 65 milhões na compra de imóveis e veículos, além de envolver a criação de times de futebol amador e a construção de um espaço esportivo como parte das estratégias de lavagem de dinheiro.
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.
Crítico 30/08/2024
UFFFA ATE QUEM FIM A JUSTICA ESTA TRABALHANDO DE FORMA HONESTA
1 comentários