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Justiça Sexta-feira, 20 de Julho de 2012, 17:01 - A | A

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Sexta-feira, 20 de Julho de 2012, 17h:01 - A | A

POLÍTICA NA OAB

Grupo oposicionista na OAB propõe segunda ação exigindo prestação de contas

Movimento OAB Democrática ainda contesta versão da diretoria de que Justiça reconheceu "transparência" na seccional

RENÊ DIÓZ

Após ter extinto mandado de segurança impetrado na Justiça Federal, o advogado Bruno Boaventura, do movimento OAB Democrática, voltou a questionar a transparência na gestão da Ordem dos Advogados do Brasil  em Mato Grosso por meio de uma ação ordinária exigindo a divulgação das contas de 2009, 2010 e 2011 – dando sequência à queda-de-braço política dentro da entidade.

Mayke Toscano/Hipernotícias

 

A ação consiste num desdobramento das críticas feitas pela oposição na seccional contra a falta de informações sobre os gastos da diretoria.

Em maio, o movimento OAB Democrática interpôs mandado de segurança com pedido de liminar para que a diretoria da seccional em Mato Grosso revelasse a íntegra dos processos de prestação de contas, com as devidas notas fiscais. Tentativas anteriores de se obter o material administrativamente haviam fracassado, alegou o movimento, justificando a judicialização do caso.

No entanto, decisão proferida no último dia 2 pela juíza federal Célia Regina Ody Bernardes, da 2ª Vara Federal, aponta que o mandado de segurança não foi o devido instrumento judicial para o pleito em questão – fato que a seccional acabou divulgando em nota como um reconhecimento da transparência na instituição. Para Boaventura, a decisão não foi favorável a nenhuma das partes, pois trata-se de um mero julgamento sem resolução do mérito, mas foi usada como trunfo pelo grupo da situação.

“A decisão diz apenas que, se a OAB tem ou não que entregar as cópias dos documentos, isso não é uma questão a ser discutida por meio de um mandado de segurança, mas por um outro tipo de ação judicial – que eu inclusive já protocolei. O Cláudio Stábile quer induzir a classe ao erro. A questão ainda está judicializada”, declarou Boaventura.

Na nota divulgada pela OAB por ocasião da decisão federal, a entidade argumentou que a Justiça reconheceu o cumprimento, por parte da diretoria, da legislação pertinente à prestação de contas. Este serviço obrigatório (com divulgação de balancetes, lotacionograma e outros dados) estaria disponibilizado por meio do site da Ordem.

Na mesma nota, o presidente da seccional, Cláudio Stábile, ainda informou que as prestações de contas de 2009 a 2011 estão sendo apreciadas pelo Conselho Federal da Ordem e também foram entregues à Justiça Federal, o que teria levado à extinção do mandado de segurança interposto pelo movimento OAB Democrática. Stábile, entretanto, não atendeu aos telefonemas da reportagem para comentar a nova ação judicial protocolada pelo movimento oposicionista.

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