Em uma sessão de 20 horas de julgamento, o Tribunal do Júri de Lucas do Rio Verde (354 km de Cuiabá), condenou sete réus ligados ao Comando Vermelho (CV) por homicídio qualificado e corrupção de menores. O Conselho de Sentença reconheceu que o crime foi cometido por motivo torpe e mediante dissimulação, resultando em penas que, somadas, totalizam mais de 127 anos de reclusão.
Os réus Lucas Brites Alves e Luis Felipe de Brito dos Santos foram condenados a 22 anos de prisão. Edypool Rafael Giuzio de Carvalho, Mateus Pereira de Oliveira e Ricardo Vinicius Ferreira Campos receberam penas de 19 anos cada. Fernando Pires Rialto da Conceição foi sentenciado a 13 anos, enquanto Michel Ferreira da Silva foi condenado a 13 anos e 2 meses de reclusão.
Segundo a denúncia do Ministério Público de Mato Grosso (MPM), o crime ocorreu em junho de 2021, em uma área de mata próxima aos bairros Parque das Araras e Parque das Américas. Os sete réus, acompanhados da adolescente W.S.P., agiram “em união de desígnios e divisão de tarefas”, com a intenção de matar, utilizando-se de violência e armas de fogo para assassinar a vítima, Maurício Ferreira Lucas.
As investigações revelaram que o assassinato foi motivado por Maurício ter publicado fotos em uma rede social fazendo sinal com três dedos, um símbolo associado a uma organização criminosa rival. Ele havia chegado à cidade poucas semanas antes, trabalhando na construção civil.
O plano foi articulado por Lucas, um dos líderes do tráfico de drogas e da facção na região. O denunciado Michel se aproximou da vítima, fingindo amizade, e a atraiu para a armadilha mortal.
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