O desembargador Paulo da Cunha, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), negou pedido de habeas corpus de Michael Richard da Silva Almeida, considerado o 'braço direito' de Paulo Witer Farias Paello, o 'WT', que exerce a função de tesoureiro do Comando Vermelho no Estado. A negativa da liminar foi assinada na segunda-feira (20).
O homem de confiança de 'WT' alegou à Justiça a ausência dos requisitos autorizadores da prisão preventiva uma vez que ele só teria emprestado sua conta bancária para a liderança do CV.
Mesmo sem vínculos empregatícios, conforme as investigações, Michael Richard movimentou, em dois anos, R$ 321.662,25 em crédito e R$ 326.884,92, em débito. Além de emprestar seu nome para 'WT' adquirir um Toyota Corolla avaliado em R$ 180 mil.
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O desembargador Paulo da Cunha, porém, afirmou que é idônea a decretação da prisão preventiva para interromper a continuidade das atividades de suposta organização criminosa.
O magistrado também anotou que a análise da situação individual de cada preso deverá ser reservada ao julgamento de mérito, quando será aferido, dentre outros aspectos, o nível de participação de agente, os antecedentes, dentre outras circunstâncias que mereçam relevância.
OPERAÇÃO APITO FINAL
Em uma investigação que durou quase 2 anos, a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) apurou centenas de informações e análises financeiras que possibilitaram comprovar o esquema liderado por Paulo Witer para lavar o dinheiro obtido com o tráfico de drogas. Para isso, ele usou comparsas, familiares e testas de ferro na aquisição de bens móveis e imóveis para movimentar o capital ilícito e dar aparência legal às ações criminosas.
A operação foi deflagrada no dia 2 de abril, com a finalidade de descapitalizar a organização criminosa e cumprir 54 ordens judiciais que resultaram na prisão de 20 alvos, entre eles o líder do grupo, identificado como tesoureiro da facção, além de responsável pelo tráfico de entorpecentes na região do Jardim Florianópolis, onde ele montou uma base para difundir e promover a facção criminosa agindo também com assistencialismo por meio da doação de cestas básicas a eventos esportivos.
A investigação da Gerência de Combate ao Crime Organizado apurou que o esquema movimentou R$ 65 milhões na aquisição de imóveis e veículos. As transações incluíram ainda criação de times de futebol amador e a construção de um espaço esportivo, estratégias utilizadas pelo grupo para a lavagem de capitais e dissimulação do capital ilícito.
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