O desembargador plantonista Paulo da Cunha deu 48 horas para que a 7ª Vara Criminal preste informações sobre a decisão que determinou as prisões de Andrigo Gaspar Wiegert e Glauciane Vargas Wiegert, respectivamente filho e nora do ex-deputado Pedro Inácio Wiegert, o Pedro Satélite, já falecido. O despacho é da tarde desta sexta-feira (21).
As prisões foram decretadas sob o argumento de que o casal se encontra em paradeiro incerto e de que a medida seria conveniente para a garantia da instrução criminal, tendo em vista que nem mesmo os advogados constituídos pelos dois informaram endereço atualizado dos réus. Ambos respondem por corrupção e lavagem de dinheiro por terem, em tese, integrado esquema de fraudes a licitações do setor de transportes.
Advogado que representa Andrigo e Glauciane ajuizou recurso questionando a decisão e pedindo a imediata expedição de contramandado de prisão em favor do casal. A defesa alegou uma série de contradições na decisão. A primeira delas envolvendo a menção de tráfico de drogas como 'combustível' para outras práticas delitivas, sendo que Andrigo e Glauciane são acusados de outros crimes.
Pontuou que, ao mesmo tempo em que diz que os réus estão em paradeiro incerto, a decisão reconhece que ambos compareceram voluntariamente aos autos do processo pedindo a concessão de prazo para apresentação de defesa.
Assinalou ainda para a existência de outros corréus cuja citação também não foi cumprida, mas que não tiveram as prisões decretadas. Assim como coloca Andrigo Gaspar Wiegert e Glauciane Vargas Wiegert em posição mais grave que aquela enfrentada pelo suposto líder da organização criminosa investigada da 'Operação Rota Final', Eder Pinheiro que, além de se encontrar em liberdade, teve o passaporte devolvido recentemente.
Por prudência, antes de tomar qualquer decisão, o desembargador Paulo da Cunha determinou a intimação do juízo coautor para que, em 48 horas, apresente as informações pertinentes sobre o caso.
Irresignado, o advogado pediu a reconsideração da decisão citando que a demora na análise terá como consequência a prisão de pessoas "trabalhadoras, primárias e honestas, apenas porque os autos do writ ainda não contam com informações cujo conteúdo pode ser suprido pela análise da prova pré-constituída".
Novo pedido ainda não foi analisado.
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