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Justiça Quarta-feira, 28 de Dezembro de 2022, 10:56 - A | A

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Quarta-feira, 28 de Dezembro de 2022, 10h:56 - A | A

RETROSPECTIVA 2022

Ana Cláudia Flor é condenada a 18 anos de prisão por mandar matar marido por herança

Toni morreu no dia 11 de agosto de 2020, no momento em que chegava à academia, no bairro Santa Marta, em Cuiabá; mulher encenou campanha para encontrar assassino do marido

MÁRCIA TOMAZ
Da Redação

Condenada em júri popular, a empresária Ana Cláudia de Souza Oliveira Flor vai cumprir 18 anos de prisão em regime fechado e não poderá recorrer em liberdade. Ela foi acusada de mandar matar o marido Toni Flor para ficar com a herança. O júri popular ocorreu no dia 17 de outubro, em Cuiabá, onde já estava presa há um ano. 

Ana Cláudia foi denunciada por homicídio qualificado por motivo torpe, por dificultar a defesa da vítima, ser contra o cônjuge e por concurso de agentes.

Na ocasião, foram julgados também Igor Espinosa, Wellington Honoria Albino, Dieliton Mota da Silva, Sandro Lucio e Ediane Aparecida da Cruz Silva por participação no crime. 

Igor responde por homicídio qualificado cometido mediante pagamento e dificultar a defesa da vítima. Wellington e Dieliton, por homicídio qualificado mediante promessa de recompensa e por dificultarem a defesa da vítima. Já as qualificadoras de Ediane são motivo torpe, dificultar a defesa da vítima e concurso de agentes. Sandro Lucio responde por falso testemunho.

Em seu depoimento, Ana Cláudia disse que não teve relacionamentos extraconjugais e que o casal brigava muito porque Toni tinha ciúmes, além de declarar que foi ameaçada e agredida por Toni.

Ela alegou ainda que não deu a ordem de matar o empresário e que ela só soube que o autor foi o Igor depois que ele ligou para cobrar o pagamento de R$ 60 mil.

MORTE DO EMPRESÁRIO

Toni morreu no dia 11 de agosto de 2020, no momento em que chegava à academia, no bairro Santa Marta, em Cuiabá. O atirador estava em frente ao estabelecimento, de cabeça baixa e perguntou pelo nome da vítima, que, quando respondeu, foi alvejada por diversos disparos.

O empresário correu para o interior da academia, sendo socorrido e encaminhado para o Pronto Socorro Municipal, com quatro ferimentos de arma de fogo. Toni chegou ao hospital consciente, sendo encaminhado imediatamente para cirurgia, porém, não resistiu aos ferimentos e morreu dois dias depois.

Durante a investigação, foi constatado que o crime foi encomendado mediante oferta de pagamento no valor R$ 60 mil, mas a esposa teria repassado somente R$ 20 mil aos contratados. Verificou-se também que o executor gastou todo o dinheiro em festas no Rio de Janeiro. Consta nos autos que os detalhes do crime foram discutidos em reunião virtual via WhatsApp.

Toni e Ana Cláudia estavam casados há 15 anos, tendo inclusive três filhas. O casamento, no entanto, vinha passando por conturbações por conta dos relacionamentos extraconjugais de Ana Cláudia. Alguns dias antes de ser morto, Toni teria anunciado a intenção de se separar.

Com receio de perder a herança, Ana Cláudia, segundo o Ministério Público (MPMT), teve a ideia de assassinar o marido e contou sobre a intenção para a manicure Ediane Aparecida da Cruz Silva. Entretanto, Ana teria dito que sofria violência doméstica.

Depois de saber sobre o intuito de Ana, Ediane passou o contato de Wellington Honório para a esposa da vítima e ambos combinaram a morte de Toni pelo valor de R$ 60 mil. Logo depois, Wellington contou sobre o crime a Dieliton Mota da Silva, 25 anos, e os dois contrataram Igor Espinosa para cometer o crime.

Igor cumpriu o combinado e executou Toni com quatro tiros em frente a academia. Após o crime, ele recebeu o valor de R$ 20 mil e se mudou para o Rio de Janeiro (RJ). Entretanto, Wellington e Dieliton não receberam o valor combinado.

Durante as investigações da morte do marido, Ana Cláudia encenou campanha de buscas por justiça, com camisetas e manifestações públicas pedindo andamento da apuração dos fatos para encontrar o responsável pelo assasinato.

QUEIMA DE ARQUIVO

Igor Espinosa foi preso no dia 10 de agosto, após ter sido apontado como o autor dos disparos que mataram Toni. Segundo investigação da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Ana Cláudia tinha o intuito de assassinar Igor depois que ele matasse o marido dela.

INTENSO SOFRIMENTO AOS FILHOS

Ana Cláudia Flor recorreu à Justiça alegando que as filhas dela estão sendo submetidas a "intenso sofrimento", por não estarem convivendo com a mãe e, por esse motivo, tentou que fosse concedida sua prisão domiciliar. Entretanto, o promotor de Justiça Samuel Frungilo reforçou que a empresária é a única responsável pelo sofrimento das filhas. O promotor pontuou ainda que "nem o amor pelas próprias filhas foi capaz de impedi-la de praticar o odioso crime de homicídio."

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