3 montaram organização criminosa em Várzea Grande

São irmãos de José Maria Machado, condenado por tráfico e de mandar matar 5 pessoas

Aliana Camargo/Jorge Estevão

Mayke Toscano/Hipernotícias

Chefe da investigação, delegado Fernando Salomão confirma participação de policiais militares

A quadrilha presa nesta quarta (06) pela “Operação Balista” da Polícia Federal, era chefiada por 3 irmãos de classe média de Várzea Grande, localizado na região metropolitana de Cuiabá. São eles: Genildo Donizete, Genivaldo Donizete Machado e Gilmar Armando Machado. Eles são irmãos de José Maria Machado, condenado em tráfico de drogas e por mandar matar 5 pessoas de uma mesma família, as quais ele tinha "ligações" afetivas. Na operação foram presos 14 suspeitos, entre eles, dois soldados da polícia militar. Todos os presos foram encaminhados para o presídio Pascoal Ramos. No total, 18 pessoas foram presas.

As investigações são comandadas pelo delegado Fernando Salomão, chefe da delegacia de combate aos crimes contra ao patrimônio e crime organizado. Sua equipe insvestiga os irmãos desde outubro de 2010. Nos últimos meses, o delegado observa que as atividades da organização criminosa vem crescendo aos poucos. “Apesar de ser uma atuação considerada de pequeno porte, os suspeitos agiam constantemente, inclusive estavam criando mecanismos consistentes para atuação na Bolívia com o tráfico de drogas”, observou o delegado.

Há indícios que a quadrilha tenha atuado no assalto ao caixa eletrônicco instalado no interior da Secretaria de Planejamento (Seplan) na madrugada de segunda (4).

Como eles agiam

De acordo com as investigações, o bando agia em parceria com os policias. As informações eram repassadas de tempo em tempo para que os suspeitos agissem quando não tivessem patrulha em determinado local. Para ação ter êxito, um dos soldados contratados deveria estar de plantão para checagem das viaturas nas ruas de Cuiabá e Várzea Grande.

O delegado Fernando Salomão disse que os irmãos tinham atuações específicas na organização. Enquanto um cuidava dos “negócios” do tráfico de drogas, outro atuava nos arrombamentos aos caixas eletrônicos, e um terceiro era o líder máximo, no qual pensava nas ações em âmbito geral.

O chefe da investigação revelou que um dos irmãos passou a atuar separadamente. Formou sua prórpria quadrilha e atuava mais intensamente em Várzea Grande. Dependendo da ação as duas organizações atuavam em conjunto e em outras situações estavam disputando pelo espaço no mundo do crime.

Até o momento os policiais não levantaram há quanto tempo os criminosos já estavam atuando no região metropolitana. Sabe-se apenas que a operação ainda revelará novos criminosos.

O que foi apreendido

Policiais federais apreenderam na casa de um dos soldados da PM um tablete de substância com aspecto de pasta base com cerca de 1 quilo; revólver calibre 38; 14 munições calibre 38 e uma de calibre 40; um saco plástico com substância aparentando ser crack e R$ 8 mil em dinheiro. Este policial já está enquadrado como traficante de drogas.

Na casa de outros suspeitos foram apreendedidos três veículos; duas motos, 15 mil dólares; R$ 12 miil; duas armas, várias munições de calibres permitidos e restritos e aproximadamente 3,5 quilos de entorpecentes, entre cocaína, maconha, pasta base e crack.

Lista dos presos:

Edinho Rodrigues de Macedo

Fábio de Jesus Barbosa

Gefti Ferneda

Jéssica Paola Ramos de Arruda

Lissandro Paternez

Liz Angélica Paternez Martins

Michael Queiróz de Araújo

Elson Luz Moraes (PM)

Reverton Nobres da Silva (PM)

Romildo Fernandes da Silva

Ronaldo Lemes da Silva