Quinta-feira, 11 de Dezembro de 2025
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png
dolar R$ 5,36
euro R$ 6,23
libra R$ 6,23

00:00:00

image
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png

00:00:00

image
dolar R$ 5,36
euro R$ 6,23
libra R$ 6,23

Economia Quinta-feira, 11 de Dezembro de 2025, 17:30 - A | A

facebook instagram twitter youtube whatsapp

Quinta-feira, 11 de Dezembro de 2025, 17h:30 - A | A

Haddad diz que Lula já está ouvindo pessoas para fazer indicações de diretores do BC

CONTEÚDO ESTADÃO
da Redação

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, já está "ouvindo as pessoas" para fazer as duas indicações de diretores ao Banco Central (BC). Os diretores de Organização do Sistema Financeiro, Renato Dias de Brito Gomes, e de Política Econômica, Diogo Abry Guillen, deixam os cargos no dia 31 de dezembro de 2025.

"Nós não escolhemos o diretor do Banco Central, contratando com uma visão ou outra do que ele vai fazer. Contratamos a pessoa pela técnica. A escolha será técnica. O presidente já está ouvindo as pessoas. Ele gosta de saber. Ele é o responsável pelo encaminhamento do nome para o Senado Federal e ele é uma pessoa ciosa das suas responsabilidades", afirmou Haddad em entrevista ao jornal O Globo.

A respeito da relação com o presidente da autoridade monetária, Gabriel Galípolo, Haddad frisou que "não existe problema entre nós, do ponto de vista pessoal, institucional". E disse que, assim como ele comenta que a taxa de juros está restritiva, o BC dá opiniões sobre política fiscal "de forma respeitosa". "Eu não me sinto ofendido. É normal. Mas o ideal é irmos convergindo em um diagnóstico comum. Eu sei do esforço que ele está fazendo para botar ordem na casa. Essa crise do Banco Master que ele herdou é um negócio absurdo."

O ministro criticou o presidente anterior, Roberto Campos Neto, dizendo que foram feitas "coisas absolutamente pouco técnicas" durante a gestão dele, "que todo mundo sabia". "O Galípolo, com toda a delicadeza e elegância, já emitiu acho que 17 medidas, botando freio no descalabro das fintechs", elogiou.

Relação com Congresso

Haddad voltou a elogiar os ex-presidentes da Câmara Arthur Lira (PP-AL) e do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e disse que a produtividade do Legislativo agora está menor. "Isso angustia o Executivo, que tem quatro anos para entregar". Ele ponderou que se dá "muito bem" com os atuais presidentes, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) e o senador Davi Alcolumbre (União-AP).

Sobre a divisão do controle do Orçamento com o Legislativo, ele disse que quando "começa a engessar demais e travar a possibilidade de remanejamento, vai ficando mais difícil governar". "Estamos em uma situação em que precisamos delimitar melhor as competências, encontrar um caminho para restabelecer essa divisão de poderes de forma mais clara".

Exceções às regras fiscais

Indagado sobre as exceções às regras fiscais, com as despesas extraordinárias do Rio Grande do Sul e do Plano Brasil Soberano, ele disse que elas não vão se repetir: "Não é estrutural". Já sobre o fato de R$ 5 bilhões destinados à defesa nacional terem ficado fora da meta fiscal, ele revelou ter defendido votar uma reforma da previdência junto, "uma combinação ótima". "Vai negar dinheiro para a Defesa? Ninguém no Congresso vai. Mas fiz uma proposta de que a gente combinasse isso com uma medida compensatória, e não fui feliz na negociação", lamentou.

Em relação à Faria Lima, Haddad disse que o governo está fazendo um esforço fiscal enorme. "Penso que essa má vontade também de pinçar elementos para compor uma narrativa fantasiosa sobre o resultado final do governo também causa um pouco de apreensão, e isso tem a ver com a proximidade das eleições. Porque nos dois primeiros anos, nós estávamos vivendo mesmo com a Faria Lima (uma boa relação)". Ele emendou: "Eles têm uma visão de ajuste fiscal que é diferente da nossa".

Combate ao crime organizado

Haddad também disse ao jornal que estão "colocando ordem no setor de combustíveis" com a operação que investiga uma suposta sonegação fiscal que atingiu o Grupo Refit. "Nós não vamos aceitar mais esse tipo de manobra. Nós apreendemos cinco navios. E paralelamente tem uma série de postos de gasolina no país na mão do crime organizado. O Estado não tem inimigo, o Estado combate o crime, seja quem estiver por trás".

Por fim, sobre suspeitas de ligações do mercado de apostas com o crime organizado, o ministro disse que cabe à Fazenda "ir para cima das bets irregulares". E defendeu a atuação da Receita Federal na pauta da segurança pública, dizendo que no mundo inteiro é um órgão de suporte aos órgãos de segurança. "Não faz sentido nenhum a Receita, que está diante do tema, não subsidiar os órgãos de segurança e o Ministério Público para agir", defendeu.

(Com Agência Estado)

Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.

Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.

Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM  e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão. 

 

Comente esta notícia

Algo errado nesta matéria ?

Use este espaço apenas para a comunicação de erros