O governo do Estado vai aguardar a realização de um estudo técnico que começa na semana que vem para saber se o Estado tem condições de arcar com os custos das obras do VLT (Veículo Leve sobre Trilho) para aprová-lo como modelo de transporte de massa na área metropolitana de Cuiabá e Várzea Grande. Essa preocupação foi revelada pelo governador Silval Barbosa (PMDB) na manhã desta quinta-feira (5), após a solenidade de entrega de 273 ônibus escolares do Programa Caminho da Escola, uma parceria do governo federal com os Estados, no Palácio Paiaguás. Rui Farinha / Especial Governador quer mais estudos sobre sistema modal que será escolhido para Cuiabá e Várzea Grande
“Nós temos que comparar. Não é só a execução de um BRT ou de um VLT que está sendo tratada, nós temos que analisar o impacto para a cidade e o custo final dessa obra. Fala-se em R$ 400 milhões para a instalação do BRT, porém, não sabemos ainda o tamanho e a quantidade de desapropriações que serão necessárias e tampouco o tamanho da briga judicial que será travada (pelo fato de muitos proprietários não concordarem com os valores que o Estado vai pagar como indenização de cada área). Se o VLT mostrar viabilidade sem muitas desapropriações, pode ser escolhido como modal”, explicou o governador.
Silval Barbosa também está preocupado com o transtorno que as obras de implantação do novo modelo de transporte vão causar à população nas principais ruas e avenidas de Cuiabá e Várzea Grande, devido ao grande volume de veículos que trafegam diariamente por essas vias. “A população vai ter de ter paciência porque o transtorno vai existir, será inevitável. Estamos realizando estudos que ajudem ao máximo no desbloqueio do trânsito, mas, o nosso povo vai ter de colaborar e ter consciência de que esse é o preço da modernidade que estamos buscando e que, no final, todos serão beneficiados”, completou.
A definição sobre um ou outro modelo também dependerá, de acordo com o governador do Estado, do preço final da tarifa que será cobrada do usuário final. “Nessa viagem a Portugal, nós conhecemos a funcionalidade, o conforto e a modernidade do VLT, porém, não foi possível fazer uma base de cálculo da tarifa, o que será incluído nesse levantamento técnico que será feito a partir de segunda-feira. Nós não vamos investir em nada que não seja financeiramente viável para o trabalhador que vai usar esse modelo de transporte”, finalizou.