Terça-feira, 18 de Março de 2025
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png
dolar R$ 5,69
euro R$ 6,21
libra R$ 6,21

00:00:00

image
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png

00:00:00

image
dolar R$ 5,69
euro R$ 6,21
libra R$ 6,21

Cidades Segunda-feira, 12 de Dezembro de 2011, 18:00 - A | A

facebook instagram twitter youtube whatsapp

Segunda-feira, 12 de Dezembro de 2011, 18h:00 - A | A

INADEQUADO

Usuários reclamam das más condições e atraso dos ônibus em Cuiabá

Principais queixas são o valor alto da passagem e a superlotação, além da demora e carros sem refrigeração; MTU contesta reclamações e dá explicação para as reivindicações

HÉRICA TEIXEIRA
[email protected]

Mayke Toscano/Hipernotícias

Passageiros reclamam do aumento rápido da tarifa de ônibus, sem que houvesse qualquer divulgação para a população; para muitos usuários o novo valor vai pesar no orçamento

Usuários do transporte coletivo da Capital se dizem surpresos com o aumento da Tarifa. O principal questionamento é de que não houve divulgação para citar os reajustes e a reação foi de espanto ao passar pela catraca dos ônibus na Capital e Várzea Grande.

Além do descontentamento com o valor das passagens, os usuários elencaram suas insatisfações em relação ao serviço de transporte na Capital e Várzea Grande.

A reportagem ficou 30 minutos em um ponto de ônibus no centro de Cuiabá. Várias pessoas foram abordas e as reclamações eram sempre as mesmas. A primeira delas é da lotação em horários de pico (manhã, meio-dia e final da tarde). O segundo serviço mais reclamado pela população é a má qualidade dos veículos.

A atendente de um estacionamento de Cuiabá, Maria Engracia, tem o ônibus como seu meio de locomoção. Para ela, o reajuste na passagem vai pesar no orçamento e confirmou que terá que fazer economia no decorrer do mês para não ficar no vermelho.

“Não aumentou nada o meu salário e vou gastar mais com ônibus, o impacto no meu salário vai ser grande. Vou ter que fazer uma manobra e economizar no meu lanche”, resumiu.

A atendente ainda disse que se aumentasse a tarifa e as empresas oferecessem mais conforto, até que era aceitável, mas com a atual frota o valor está alto demais. “A gente sofre muito com as condições dos ônibus, poderia ter mais nos horários de pico”, reagiu.

O bancário aposentado Daniel Fernandes, que utiliza o ônibus esporadicamente, disse que vai ter que fazer uma “continha” para saber o que compensa, se é usar o carro ou mesmo o transporte coletivo.

“Eu uso de vez em quando o ônibus. Fui pego de surpresa, nem estava sabendo deste aumento. É um absurdo o que pagamos com este transporte, é muito caro. Nosso salário não aumenta desta forma. Agora vou ter que equacionar para ver com que vou gastar mais”, frisou.

Um outro usuário do transporte coletivo, José Damasceno, de 78 anos, afirmou que mesmo isento de pagar, acha um absurdo o reajuste. “Para muitos 20 centavos por dia não é nada, mas para outras pessoas isso vai pesar e muito”, apontou.

O aposentado ainda lembrou dos ônibus sem refrigeração e muito lotado. “Aqui em Cuiabá o passageiro sofre muito. Com o calor de Cuiabá todos os ônibus deveriam ter ar-condicionado e mais carros na rua para evitar superlotação”, pontuou.

PEDRA 90

Passageiros que moram na periferia do bairro Pedra 90 e que trabalham no centro de Cuiabá, se queixam das condições dos ônibus e da demora para passar. A argumentação dos usuário é que os ônibus estão sempre superlotados, passam fora do horário e, além disso, apresentam problemas mecânicos diariamente.

Os moradores do bairro Voluntários da Pátria, que fica na terceira etapa do Pedra 90, reclamam dos ônibus que fazem a linha 721, ligando o bairro até o Shopping Pantanal, via Avenida das Torres. Além dos atrasos, os veículos apresentam diversos problemas mecânicos, o que atrasa ainda mais a viagem que dura em média 45 minutos a 1 hora para realizar o trajeto em dias normais.

OUTRAS RECLAMAÇÕES

A média de lotação por ônibus é de 40 passageiros sentados e 20 em pé, mas isso não vem acontecendo. No período da manhã e da tarde, na linha do Pedra 90. que são os horários que os moradores estão indo ou vindo do serviço, os passageiros se apertam em pequenos espaços tendo veículos que chegam a transportar de 80 a 90 pessoas.

Hoje a tarifa do transporte coletivo de Cuiabá custa R$ 2,70, o que deixa a Capital de Mato Grosso na 3º posição no quesito custo de tarifa, ficando atrás apenas de São Paulo (R$ 3) e Florianópolis(R$2,80). 

 

OUTRO LADO

A reportagem entrou em contato com a Associação Mato-grossense dos Transportadores Urbanos (MTU), para posicionar sobre as principais queixas dos usuários ouvidos pelo HiperNoticias

A respeito da superlotação, por meio de assessoria, a informação é de que qualquer lugar em horários de pico, o transporte coletivo vai sempre estar cheio, que o caso não é apenas da Capital de Mato Grosso.

A assessoria ainda informou que em horários de maior fluxo de passageiros, todos os 544 veículos, contabilizados nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande estão fazendo o percurso. Mas que mesmo com o número de ônibus, ainda vai haver lotação, já que hoje as duas cidades somam 280 mil usuários.

A reportagem questionou o valor da passagem com as condições dos ônibus, tão reprovada pelos passageiros, a assessoria informou que a manutenção dos carros é sempre muito alta e que pelo número de passageiros não pagantes impossibilita ter melhorias no setor.

“Hoje temos uma média de 90 mil pessoas que não pagam passagem e isso dá um impacto grande”, apontou a assessoria da MTU.

A Associação Mato-grossense dos Transportadores Urbanos (MTU), ainda questionou o Município ter que arcar com o transporte gratuito dos estudantes da rede federal, estadual e particular.

“Porque que o estudante da escola particular não paga ônibus? Cuiabá tinha que ficar responsável apenas pelo município. Tem pais que pagam mais de R$ 1 mil em escola, mas não quer pagar R$ 100 de ônibus”. A assessoria ainda informou que existem outros não pagantes, como policiais, portadores de necessidades especiais e idosos.

Quanto ao estado de conservação dos ônibus, a MTU informou que as frotas são de 2007 a 2011 e a renovação é sempre feita, no entanto, não tem como trocar todos os veículos de uma só vez.

Contudo, a assessoria confirmou que a Capital e Várzea Grande ainda tem uns modelos do ano de 2002. Mas pontuou que má conservação de alguns ônibus é pela falta de infraestrutura das cidades.

“Em muitos lugares não tem asfalto e quando tem há alguns buracos, o que estraga o ônibus. O transporte coletivo para ser de qualidade tinha que ser um trabalho conjunto”, avaliou.

A MTU informou que atualmente são quatro empresas que operam nas duas cidades, sendo três em Cuiabá e uma em Várzea Grande.





Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.

Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.

Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM  e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.

Álbum de fotos

Mayke Toscano/Hipernotícias

Mayke Toscano/Hipernotícias

Comente esta notícia

Algo errado nesta matéria ?

Use este espaço apenas para a comunicação de erros