Servidores começam ofensiva por reajuste salarial de 6.08%

Líderes intersindicais demonstram preocupação quanto a correção salarial de 6.08%, referente ao índice inflacionário de 2011. O reajuste é para acontecer já na folha de pagamento do mês de maio, mas segundo lideranças, o chefe do Executivo não sinalizou nenhum acordo.

Mayke Toscano/Hipernoticias O secretário de Administração, César Zílio, disse que definição sobre reajuste vai sair na segunda-feira próxina (14), após encontro com o chefe do Executivo

O presidente do Sindicato dos Servidores da Empresa Mato-Grossense de Pesquisa e Extensão Rural (Sinterp), Gilmar Brunetto, disse que em reunião com lideranças dos funcionários públicos, a informação é de que o governador Silval Barbosa (PMDB) não está disposto a aceitar o percentual do reajuste, mas apresentar um número menor que o índice da inflação.

“Soubemos que o governo está disposto a dar rejuste de 5.21%, mas não podemos aceitar. Abrimos o diálogo hoje com as categorias, e vamos pedir o pagamento do valor que é devido”, sentenciou.

O encontro entre lideranças sindicais aconteceu na tarde de segunda-feira (7), na Secretaria de Estado de Administração (SAD). Entre os participantes estavam a secretária adjunta de Gestão de Pessoa, Ozenira Félix Soares de Souza, o presidente do sindicato dos Profissionais da Área Instrumental do Governo (Sinpaig), Edmundo César Leite, dentre outros representantes.

Brunetto disse que o Estado não está enfrentando crise financeira, mas reconhece que a corrupção no Estado tem dificultado uma boa gestão.

"Acessamos o Diário Oficial e temos a informação das arrecadações do Estado. Tivemos safra de soja recorde e os grãos foram bem vendidos. Vamos trabalhar para buscar o rejuste de 6.08%. Reconhecemos que a corrupção chegou a índices assustadores em Mato Grosso, mas o reajuste anual aos servidores está na lei”, destacou.

Para o presidente do Sindicato da Área de Meio, Edmundo César, a categoria não cogita a hipótese de não receber o reajuste da inflação. “Existe a previsão orçamentária, não tem como não pagar esta reposição”, relatou.

Edmundo disse que Silval Barbosa tem dado sinais de que a administração pública não vai poder arcar com o aumento, pois não teria orçamento para isso, mas que é preciso uma boa gestão para conseguir cumprir com as obrigações do Estado.

“Mato Grosso só vai entrar em colapso se continuar a má gestão. Se continuar com contratações indevidas, colocando terceirizados no lugar dos aprovados, aí teremos um inchaço. O reajuste inflacionário é determinado pela Constituição Federal”, alertou ressaltando que não é contra os terceirizados, por entender que cada um tem o direito ao trabalho, contudo não é favorável que estes ocupem lugar dos aprovados.

OUTRO LADO

Sobre o reajuste dos servidores públicos, o secretário César Zílio disse que a questão será tratada com o governador na próxima segunda-feira (14).

César Zílio argumentou que o Conselho Econômico está fazendo os estudos sobre os reajustes. Questionado se o Estado tem condições de arcar com o aumento, Zílio disse que ainda não pode apontar nada por enquanto, só após encontro com Silval Barbosa.

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